IMPACTOS DA MINERAÇÃO NO CERRADO E A RESISTÊNCIA DA COMUNIDADE QUILOMBOLA SÃO JOAQUIM, EM PORTO ALEGRE-TOCANTINS

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.70860/rtg.v14i32.19627

Schlagworte:

Mineração, Comunidade Quilombola, Cerrado

Abstract

O presente artigo examina os impactos da mineração na comunidade quilombola São Joaquim, localizada em Porto Alegre-TO, no bioma Cerrado e abrange as esferas ambiental, social e econômica. O objetivo principal é avaliar como a atividade mineradora influencia essa comunidade tradicional, com ênfase nas consequências para o meio ambiente e a qualidade de vida dos moradores. A metodologia inclui uma análise crítica de bibliografia relevante e estudos de caso, que permitem contextualizar histórica e contemporaneamente as operações de mineração na região. Os resultados apontam que, embora a mineração ofereça vantagens econômicas, como a geração de empregos, os custos socioambientais são significativos e afeta o solo, polui os recursos hídricos e resulta na perda de territórios. Além disso, prejudica tanto a sustentabilidade da comunidade quanto a integridade ecológica do Cerrado. Faz-se necessário à revisão urgente das políticas públicas e das práticas mineradoras para promover um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental e, assegurar a proteção dos direitos das comunidades tradicionais e a conservação do bioma Cerrado.    

Autor/innen-Biografien

Helem Nilma Rodrigues Valadares, Universidade Federal do Tocantins

Possui Licenciatura e Bacharelado em Geografia, Graduação em Pedagogia,Bacharel em Serviço Social e Especialização em Geografia pela Universidade Rio Sono.Atualmente exerce o cargo efetivo de professora da Educação Básica na Escola Estadual de Tempo Integral Deoclides Muniz.

Ricardo de Assis Fernandes Gonçalves, Universidade Federal do Tocantins

Possui Pós-Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Doutorado e mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (UFG). É professor nos cursos de Graduação e Pós-Graduação Stricto Sensu em Geografia (PPGEO) da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Atual Coordenador do PPGEO-UEG, Campus Cora Coralina. Professor Colaborador Externo do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Tocantins (UFT), Campus Porto Nacional. Foi Editor Chefe da Revista da ANPEGE - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (Gestão 2022-2023). Foi Editor Chefe da Revista Sapiência: Sociedade, Saberes e Práticas Educacionais (UEG), entre 2016 e 2021. É o atual Editor Chefe da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG). É membro do Grupo de Trabajo Pensamiento Geográfico Crítico Latinoamericano del Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (Clacso). Pesquisador dos Grupos de pesquisa e extensão Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade (PoEMAS) e Espaço, Sujeito e Existência. Foi da diretoria da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) - Seção Goiânia (2014 - 2015). Integra a Rede de Pesquisadores em Geografia (Socio)Ambiental/RP-G(S). Membro Titular, Cadeira 37, do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado (ICEBE). Membro Titular, Cadeira 32, do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG). Atua especialmente no estudo e pesquisa dos seguintes temas: ambiente, território e conflitos ambientais; garimpo, implicações territoriais da mineração em grande escala e rede global extrativa do nióbio, interpretações lítero-geográficas (Geografia e Literatura). Em 2023 recebeu a Comenda Literária Antônio Almeida pela Câmara de Vereadores de Goiânia (GO). Foi premiado em terceiro lugar pelo Prêmio Fapeg de Ciência, Tecnologia e Inovação, na área de Ciências Humanas (2023) - Pesquisador(a) Destaque Sênior.

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Veröffentlicht

2025-05-02

Zitationsvorschlag

VALADARES, Helem Nilma Rodrigues; GONÇALVES, Ricardo de Assis Fernandes. IMPACTOS DA MINERAÇÃO NO CERRADO E A RESISTÊNCIA DA COMUNIDADE QUILOMBOLA SÃO JOAQUIM, EM PORTO ALEGRE-TOCANTINS. Tocantinense Journal of Geography, [S. l.], v. 14, n. 32, p. 325–342, 2025. DOI: 10.70860/rtg.v14i32.19627. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/19627. Acesso em: 9 mai. 2025.