IMPACTOS DA MINERAÇÃO NO CERRADO E A RESISTÊNCIA DA COMUNIDADE QUILOMBOLA SÃO JOAQUIM, EM PORTO ALEGRE-TOCANTINS
DOI:
https://doi.org/10.70860/rtg.v14i32.19627Palabras clave:
Mineração, Comunidade Quilombola, CerradoResumen
O presente artigo examina os impactos da mineração na comunidade quilombola São Joaquim, localizada em Porto Alegre-TO, no bioma Cerrado e abrange as esferas ambiental, social e econômica. O objetivo principal é avaliar como a atividade mineradora influencia essa comunidade tradicional, com ênfase nas consequências para o meio ambiente e a qualidade de vida dos moradores. A metodologia inclui uma análise crítica de bibliografia relevante e estudos de caso, que permitem contextualizar histórica e contemporaneamente as operações de mineração na região. Os resultados apontam que, embora a mineração ofereça vantagens econômicas, como a geração de empregos, os custos socioambientais são significativos e afeta o solo, polui os recursos hídricos e resulta na perda de territórios. Além disso, prejudica tanto a sustentabilidade da comunidade quanto a integridade ecológica do Cerrado. Faz-se necessário à revisão urgente das políticas públicas e das práticas mineradoras para promover um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental e, assegurar a proteção dos direitos das comunidades tradicionais e a conservação do bioma Cerrado.
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