COMUNIDADES TRADICIONAIS DA PESCA E A COLÔNIA DE PESCADORES Z-7 EM TOCANTINÓPOLIS (TO)

práticas orgânicas e dinâmicas socioeconômicas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.70860/rtg.v14i33.17339

Palabras clave:

Território Étnico, Estado, Economia Solidária, Pesca artesanal

Resumen

Este artigo analisa as práticas econômicas e sociais dos pescadores e pescadoras artesanais e tradicionais da Colônia de Pescadores Z-7, em Tocantinópolis (TO), sob a perspectiva do paradigma dos bens comuns. Por meio de trabalho de campo etnográfico, destaca-se como seus modos de vida e formas de organização do trabalho se alinham a referenciais alternativos ao modelo hegemônico de desenvolvimento. O objetivo central é analisar tais práticas sob essa ótica. A comunidade pesqueira de Tocantinópolis (TO) possui uma história marcante, vinculada à memória coletiva, organização social, saberes e desafios. Originária da posse de terras no entorno do município, os pescadores mantêm relação profunda com a agricultura e o extrativismo do coco babaçu. Sua posse de terra esteve atrelada à não demarcação da reserva indígena dos Apinajés, evidenciando a questão fundiária. A interligação entre agricultura e pesca tradicional é crucial na região, diretamente ligada à questão agrária no Bico do Papagaio.

Biografía del autor/a

Reginaldo Fernandes, Universidade Federal do Norte do Tocantins

Mestre em Cultura e Território pelo Programa de Pós-Graduação em Cultura e Território (PPGCult) da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), Araguaína, Tocantins. Graduação em História pela Universidade Estadual do Maranhão (2006).

Citas

BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto, 1994.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 20 ago. 2022.

CAVALCANTE, Ana Raquel Araújo. A economia solidária como alternativa produtiva para o atual modelo econômico e seus avanços a nível normativo no Brasil. São Paulo: Dialética, 2020.

DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. Comum: Ensaios sobre a revolução no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2017.

FAO. 2022. The State of World Fisheries and Aquaculture 2022. Towards Blue Transformation. Rome, FAO.

FURTADO, Celso. O Mito do desenvolvimento econômico. São Paulo: Circulo do Livro, 1985.

GOHN, M. G. Movimentos Sociais na Contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 16, n. 47, p. 333-361, maio/ago. 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782011000200005

GONÇALVES, Éven Bandeira; MEDEIROS, Rejane; PISANI, Mariane da Silva. Mulheres pescadoras artesanais: relações de gênero e violência na colônia z7, Tocantinópolis (TO). Cadernos Espaço Feminino, Uberlândia, v. 32, n. 2, p. 261-285, ago./dez. 2019. DOI: https://doi.org/10.14393/CEF-v32n2-2019-4

HAESBAERT, Rogério. Territórios alternativos. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2006.

JUSTO, Felipe da Silva; JUSTO, Juliana da Silva. Notas acerca da justiça ambiental, ecocidadania e colônias de pescadores no Brasil. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM DIREITOS HUMANOS E SOCIEDADE, 2., 2019, Uberlândia. Anais [...]. Uberlândia: Unifafibe, 2019. v. 2.

MALDONADO, Simone Carneiro. Mestre e Mares: espaço e indivisão na pesca marítima. 2. ed. São Paulo: Annablume, 1994.

MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro 1. São Paulo: Boitempo, 2011.

MORAES, Sérgio Cardoso de. Colônias de pescadores e a luta pela cidadania. Maré de Sol: Educação Popular, Ambiental e Cidadania, Recife, n. 14, p. 01-06, 2007. Disponível em: http://www.universidadenova.ufba.br/twiki/pub/MarSol/ItemAcervo14/Col%F4nias_de_Pescadores_e_Luta_Cidadania.rtf. Acesso em: 05 fev. 2019.

SILVA, Luiz Geraldo. Os Pescadores na História do Brasil. Volume I: Colônia e Império. Recife: Comissão Pastoral dos Pescadores, 1988.

VÁZQUEZ, A. S. Filosofia da práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.

VIÉGAS, R. N. Conflitos ambientais e lutas materiais e simbólicas. Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, n. 19, p. 131-147, jan./jun. 2009. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/made/article/view/13564. Acesso em: 20 maio 2023. DOI: https://doi.org/10.5380/dma.v19i0.13564

TOCANTINS. Lei Complementar no 13, de 18 de julho de 1997. Dispõe sobre regulamentação das atividades de pesca, aquicultura, piscicultura, da proteção da fauna aquática e dá outras providências. Palmas: Assembleia Legislativa, 1997. Disponível em: https://central.to.gov.br/download/246012. Acesso em: 24 abr. 2023.

TOCANTINS. Lei Complementar no 121, de 15 de março de 2019. Altera a Lei Complementar no 13, de 18 de julho de 1997, que dispõe sobre a regulamentação das atividades de pesca, aquicultura, da piscicultura, da proteção da fauna aquática e dá outras providências. Palmas: Assembleia Legislativa, 2019. Disponível em: https://www.al.to.leg.br/arquivos/lei_121-2019_48292.PDF. Acesso em: 24 abr. 2023.

Publicado

2025-08-25

Cómo citar

FERNANDES, Reginaldo. COMUNIDADES TRADICIONAIS DA PESCA E A COLÔNIA DE PESCADORES Z-7 EM TOCANTINÓPOLIS (TO): práticas orgânicas e dinâmicas socioeconômicas. Revista Tocantinense de Geografía, [S. l.], v. 14, n. 33, p. 384–400, 2025. DOI: 10.70860/rtg.v14i33.17339. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/17339. Acesso em: 3 oct. 2025.