QUINTAL AGROECOLÓGICO

memórias de subsistência, relações de gênero e descolonização de práticas educativas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.20873/rtg.v13i30.17656

Palabras clave:

quintal, agroecologia, memórias, descolonização, economia dos comuns

Resumen

Os quintais onde muitos de nós cresceu sempre representou a base de subsistência de uma família numerosa, bem como de apoio, tanto na alimentação quanto no abrigo dos demais familiares e vizinhos, que juntos criavam mecanismos de sobrevivência em meio a pobreza extrema. Além disso apresentamos como as relações de gênero estavam estabelecidas naquele contexto. Junto com as memórias de cultivo de alimentos variados e brincadeiras de infância, o nosso quintal também guarda saberes sobre a luta do povo negro por alimentação desde o período da escravidão, revelando uma economia dos comuns (Laval e Dardot, 2015). Entretanto, esses conhecimentos não são ensinados na escola como parte da história e cultura afro-brasileira de acordo com a Lei 10.639/2003. A proposta deste trabalho é apontar os caminhos para que os quintais agroecológicos sejam, para além de meio de subsistência, ferramenta pedagógica, contribuindo para a descolonização dos corpos e das mentes de brancos e negros, e desconstruindo a inferiorização que nos é atribuída.

Biografía del autor/a

Maria Zilma Gabino, Universidade Federal do Norte do Tocantins

Possui graduação em LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA-DOCÊNCIA SÉRIES INICIAIS pela Universidade Estadual do Tocantins (1999). Pós Graduada em Administração e Supervisão Escolar pela FIA( Faculdades Integradas de Amparo ) Atualmente é professora de Atendimento Educacional Especializado do Governo do Estado de Tocantins. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem/ Educação Inclusiva/mestranda em Estudos de cultura e Território na Universidade Federal do Norte do Tocantins.

Luciméa Santos Lima, Universidade Federal do Norte do Tocantins

Bolsista Capes de Pós-Doutorado pela Universidade Federal do Norte do Tocantins (2023). Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2014), Mestre em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (2017), Licenciatura em Ciências Sociais( Interrompida em 2019), Doutora em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (2022). Atualmente estuda trajetórias de jovens meninas e meninos negros em escolas de Campo bem como questões de raça, gênero e sexualidade no contexto da Educação do Campo. Ampla experiência com pesquisas qualitativas nas Ciências Humanas, com particular interesse em Antropologia Cultural, Antropologia/Sociologia da Educação, Educação Étnico-racial em escolas do campo, Educação do Campo, Relações Raciais no Brasil, Acesso e Permanência na Educação Básica, Religiosidade Afro-brasileira, com estudos voltados aos campos da Antropologia da Educação e da Etnografia da Educação, com densa experiência em pesquisas vinculadas em formação referenciados na cultura e na etnicidade.Atuo como Pesquisadora, de forma voluntária, no Projeto As Ações Afirmativas nos Programas de Pós Graduação de Universidades Brasileiras. O Projeto, contemplado na chamada Cnpq/MCTI/FNDCT n.18/2021 tem a Coordenação Geral de Joana Célia dos Passos (UFSC).

Vinicius Gomes de Aguiar, Universidade Federal do Norte do Tocantins

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2006), mestrado em Geotecnia e Construção Civil pela Universidade Federal de Goiás (2009) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2015). Docente do curso de licenciatura em Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território (PPGCult) da Universidade Federal do Norte do Tocantins, é membro do Neuza - Núcleo de Pesquisa e Extensão em Saberes e Práticas Agroecológicas - e atua no Escritório do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em Goiás. Possui experiência em trabalhos envolvendo conflitos ambientais, territoriais, geotecnologias e comunidades tradicionais.

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Publicado

2024-10-22

Cómo citar

GABINO, Maria Zilma; LIMA, Luciméa Santos; AGUIAR, Vinicius Gomes de. QUINTAL AGROECOLÓGICO: memórias de subsistência, relações de gênero e descolonização de práticas educativas. Revista Tocantinense de Geografía, [S. l.], v. 13, n. 30, p. 423–443, 2024. DOI: 10.20873/rtg.v13i30.17656. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/geografia/article/view/17656. Acesso em: 22 nov. 2024.

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