O TERERÉ E A CONSTITUIÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL NA FRONTEIRA BRASIL E PARAGUAI
DOI :
https://doi.org/10.20873/rtg.v13i30.18631Mots-clés :
Cultura, Patrimônio imaterial, Livro dos Saberes, Erva-mate, Mato Grosso do SulRésumé
O presente estudo tem como objetivo analisar e compreender as relações socioespaciais e afetivas ligadas ao consumo e à prática do Tereré na área de fronteira de Ponta Porã (Mato Grosso do Sul, Brasil) e Pedro Juan Caballero (Paraguai). Para atingir essa finalidade, o processo de investigação abarcou uma revisão da literatura concernente às temáticas subjacentes a este estudo. Subsequentemente, foi efetuada uma pesquisa documental, fazendo uso de fontes primárias e secundárias, bem como um levantamento bibliográfico, com o intuito de aprofundar a compreensão das relações culturais, identitárias e afetivas que permeiam a prática do Tereré. Posteriormente, foram aplicadas entrevistas semiestruturadas com 13 pessoas, por meio de formulário on-line com a ferramenta Google Forms. Dentro desse escopo investigativo, emergiu a constatação da significativa importância do Tereré como um expressivo patrimônio cultural imaterial do estado de Mato Grosso do Sul, especialmente no seu contexto fronteiriço das cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (Paraguai). Nessa conjuntura, o Tereré se erige como uma tradição cultural que desempenha um papel essencial no fortalecimento da identidade, sentimento de pertença e nas relações de sociabilidade entre os habitantes das cidades mencionadas. Logo, torna-se imprescindível o reconhecimento e a valorização desta prática, a fim de garantir a preservação desse valioso patrimônio imaterial, dotado de caráter regional e transnacional.
Références
AMAMBAY. Departamento de Amambay. Pedro Juan Caballero. Disponível em: < https://amambay.gov.py/pedro-juan-caballero/>.
ARAÚJO, F. R. Dicas de prevenção de Covid-19 para pecuaristas de corte. Brasília: EMBRAPA, 2020.
BALDIN, N.; MUNHOZ, E. M. B. Snowball (bola de neve): uma técnica metodológica para pesquisa em educação ambiental comunitária. X Congresso Nacional de Educa – EDUCERE, I Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação – SIRSSE, Curitiba, pp. 329-341, 2011.
CAVANHA, J.; GONÇALVES, D. F. Tereré Turístico. Anais do Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão – Pesquisa e Tecnologia: ações para um futuro sustentável, 13º ENEPEX UFGD, 10º EPEX UEMS, 2019. Disponível em: <https://anaisonline.uems.br/index.php/semex/article/view/6881>. Acesso em: 30 out. 2021.
CROZETTA, R. A. Erva-Mate (tereré): utilização e correlação com a infecção do coronavírus 2019. Monografia (Bacharelado em Farmácia) – Faculdade de Educação e Meio Ambiente, FAEMA, Ariquemes, 2020.
FUNDAÇÃO DE CULTURA DE MS. Proposta de registro do tereré como patrimônio cultural imaterial de mato Grosso do Sul. Estado de Mato Grosso do Sul, 2010.
GASPAR, E. B.; DOMINGUES, R.; BARBOSA, R. S. Recomendações para prevenção da COVID-19 no meio rural na região Sul do Brasil. Embrapa Pecuária Sul - Comunicado Técnico (INFOTECA-E), 2020.
GRANVILLE, B. Ô! tereré. 2013Disponível: <http://www.bonitoms.com/cultura.php?id=1&id2=2>. Acesso em: 25 out. 2021.
IBGE. Instituto Brasileiro de geografia e estatísticas. 2022. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/ponta-pora/historico >. Acesso em: 24 out. 2023.
IPHAN. Convenção para a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. Paris, 2003. Disponível em: <https://ich.unesco.org/doc/src/00009-PT-Brazil-PDF.pdf>. Acesso em: 21 de abril de 2020.
IPHAN. Patrimônio Imaterial. 2012. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/234>. Acesso em: 21 de abril de 2021.
KUMMER, C. I.; MOURA, M. S. G.; ALMEIDA, R. M. de. Erva-Mate. Artigo publicado pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), 2005. Disponível em: < http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/modelagem/erva_mate/>.
LEY Nº 4261. Declara o tereré patrimônio cultural e bebida nacional do Paraguai. 2011. Disponível em: <https://paraguaiteete.files.wordpress.com/2013/08/ley-nacional.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2021.
MUNIZ, P. D. A produção acadêmica sobre patrimônio indígena nos periódicos eletrônicos brasileiros. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Turismo) – Curso de Turismo, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados, 2021.
NOERNBERG. P. Chimarrão e(m) Canoinhas/SC: tomar, saber, fazer e comunicar. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Coronavirus disease (COVID-19). 2021. Disponível em: <https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/question-and-answers-hub/q-a-detail/coronavirus-disease-covid-19>. Acesso em: 30 out. 2021.
PENROD, J.; PRESTON, D. B.; CAIN, R; STARKS, M. T. A discussion of chain referral as a method of sampling hard-to-reach populations. Journal of Transcultural Nursing, v. 4, n. 2, pp. 100-107, 2003.
SIQUEIRA, G. S. A complementaridade comercial nas cidades gêmeas de Ponta Porã (Brasil) e Pedro Juan Caballero (Paraguai). Monografia (Bacharelado em Geografia) – Departamento de Geografia, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2013.
UNESCO. (2020). Prácticas y Saberes tradicionales del tereré en la cultura del pohã ñana, bebida ancestral guaraní en Paraguay. 2020. Disponível em: <https://ich.unesco.org/es/RL/prcticas-y-saberes-tradicionales-del-terer-en-la-cultura-del-poh-ana-bebida-ancestral-guaran-en-paraguay-01603?RL=01603>.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Journal de géographie Tocantinense 2024
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Revista Tocantinense de Geografia ne rémunère aucun auteur pour la publication de ses textes. Le contenu des textes publiés dans cette revue relève de la responsabilité des auteurs.