Correlação entre caminhada, parâmetros antropométricos e fadiga em pacientes dialíticos de uma cidade do interior de Rondônia
DOI:
https://doi.org/10.20873/abef.2595-0096v5n25160Palavras-chave:
Diálise, Atividade Física, Antropometria, FadigaResumo
Introdução: Em decorrência do grau de complicação da Doença Renal Crônica (DRC), existe a orientação para início do processo de hemodiálise. Embora existam evidências suficientes sobre os benefícios da atividade física em pacientes dialíticos, sabe-se da existência de barreiras de adesão, como: fragilidade, fadiga, presença de comorbidades e baixa motivação. Objetivo: analisar as possíveis correlações do tempo de caminhada semanal, fadiga e parâmetros antropométricos entre si na população dialítica, bem como avaliar parâmetros de riscos e protetivos destes. Métodos: A amostra foi composta por 45 pacientes de ambos os sexos com faixa etária entre 26 e 78 anos e com mais de três meses de diálise. O tempo de caminhada foi aferido pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ-versão curta). A fadiga foi mensurada por meio da Escala de Humor de Brunel (BRUMS). A massa corporal e a estatura foram mensuradas pela balança e estadiômetro Welmy (W-110H), as perimetrias de cintura, quadril, panturrilha e abdômen com a trena antropométrica Sanny, de forma a calcular a relação cintura-quadril (RCQ), relação cintura-estatura (RCE) e índice de massa corporal (IMC). Utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk para normalidade dos dados e Correlação de Spearman. O nível de significância foi de p ≤ 0,05. Resultados: a amostra foi composta majoritariamente por homens (31), com faixa etária média de 47,55 (± 13,9) anos de idade. A maioria dos voluntários apresentou fatores de riscos cardiovasculares por meio dos índices de perimetria de abdômen (52,27%), RCQ (55,5%) e RCE (64,4%) e apresentou perimetria de panturrilha (46,66%) abaixo dos valores de referência. O IMC apresentou uma prevalência de sobrepeso e obesidade em 44,44% dos voluntários, apenas um se classificou abaixo de 20 kg/m2. O tempo de caminhada apresentou mediana de 60 minutos (semanais) e o escore de fadiga foi de 2. Houve correlação significante, fraca e negativa do tempo de caminhada com o escore de fadiga (r: -0,296 e p: 0,049), sendo que estes não apresentaram correlações significantes com os parâmetros antropométricos. Conclusão: O tempo de caminhada pode ser comprometido com a fadiga na população estudada e grande parte da amostra apresentou riscos referente aos parâmetros antropométricos.
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