O IMAGINÁRIO E A DANÇA COMO ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA DO CORPO EXILADO EM A ILHA SOB O MAR, DE ISABEL ALLENDE
DOI:
https://doi.org/10.70860/ufnt.entreletras.e19369Palabras clave:
colonização, A ilha sob o mar, literatura caribenhaResumen
O presente artigo tem como intuito discutir a relação dos negros exilados/diaspóricos com a cultura africana, norteado pelo romance histórico A ilha sob o mar, de Isabel Allende (2009). Para tanto, buscou-se abordar o lugar do movimento diaspórico e os laços afetivos que vão se construindo por meio dos rituais religiosos e da dança. A leitura analítica sinaliza que: a religião é pensada como espaço de encenação cultural; a dança é articulada como meio de manter viva as tradições ancestrais; e a diversidade étnica e cultural dos negros atua como ponto de fortalecimento que sustentam suas memórias e lutas coletivas.
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