NORMA CULTA OU CURTA? REFLEXÕES TEÓRICAS ACERCA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Resumen
É comum observar que língua, norma e gramática são tratadas, geralmente, como sinônimos, conceitos chaves e primordiais para o “falar e escrever bem” no contexto escolar. Há-se a crença de que a Língua Nacional está passando por uma crise e precisa ser salva o mais rápido possível. A língua é tomada, assim, como um objeto, uma meta, um ideal a ser alcançado. A partir dessa premissa, buscamos averiguar as concepções de ensino de língua portuguesa subjacentes aos conceitos de gramática e norma que o professor de português apreende como incontestáveis, irrefragáveis ao ensino. O corpus de análise para essa reflexão teórica reuniu dados gerados por meio de entrevistas estruturadas, gravadas em áudio (e depois transcritas), realizadas com três professores de língua portuguesa (Ensino Fundamental, Ensino Médio e Magistério) da rede pública de ensino da cidade de Foz do Iguaçu – PR. A pesquisa em questão é de cunho qualitativo/interpretativista e orientou-se no aparato teórico da Linguística Aplicada e da Sociolinguística. Apoiamo-nos em Tragaglia (1998) e Possenti (2005) para apresentar os conceitos de gramáticas e em Faraco (2008) para o suporte teórico dos conceitos de normas. A partir da análise, foi possível averiguar como a gramática normativa vem sendo trabalhada em sala de aula e qual é a (o)posição dos professores frente a fenômenos linguisticamente complexos, isto é, determinadas manifestações linguísticas que têm causado polêmica na atualidade como estrangeirismos (FARACO, 2001; PERINI, 2004), gerundismos (SCHIMITZ, 2006) e linguagem da internet (CRYSTAL, 2005).Descargas
Descargas
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.