SALVADOR-BAHIA, A CIDADE DA MULTIPLICAÇÕES DE EVENTOS

Résumé

Compreende-se que diversas cidades adotaram o modelo de Empresariamento Urbano (Harvey,1996) para suas gestões e Salvador encontra-se nesse bojo. Ressalta-se que o município aderiu este modelo a partir do ano de 2013, no intuito de intensificar a sua competitividade no cenário da Guerra dos Lugares (Santos, 2001) e ratificando a condição de mercadoria (Vainer,2003). Destaca-se que este modelo de Empresariamento Urbano ocorrido em Salvador foi pautado em dois eixos primordiais, o processo de refuncionalização dos espaços, bem como a produção de eventos. Eventos esse que, conforme Santos (2003), compreende-se como ações de intencionalidade, realizado por atores específicos, no caso de Salvador, o poder público municipal e a massificação destes eventos por toda a cidade. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo debater a produção de eventos em Salvador como instrumento de projeto político municipal, os quais tem como foco principal a transformação da capital baiana em uma cidade como mercadoria, dentro do contexto da Guerra dos Lugares, entre os anos de 2012 a 2019. Quanto à abordagem metodológica, o suprareferido artigo pautou-se nas pesquisas bibliográficas e levantamento de arquivos de jornais de Salvador-BA, para compreender e debater os aspectos referentes à produção de eventos em Salvador por meio do poder público municipal.