O consumo de alimentos ultraprocessados é determinante no desenvolvimento da obesidade

Auteurs-es

  • Leonardo Santos Lopes Da Silva Universidade de São Paulo
  • Pedro Pugliesi Abdalla Universidade de São Paulo
  • Rafael Gavassa De Araújo Universidade Paulista
  • Daniel De Freitas Batalhão Universidade Paulista
  • Ana Cláudia Rossini Venturini Universidade de São Paulo
  • Anderson Dos Santos Carvalho Universidade Paulista
  • Lucimere Bohn Universidade do Porto
  • Jorge Augusto Pinto Silva Mota Universidade do Porto
  • Dalmo Roberto Lopes Machado Universidade de São Paulo

DOI :

https://doi.org/10.20873/abef.2595-0096v4n2p142149

Mots-clés :

Estado nutricional, Doença crônica não transmissível, Fatores de risco, Saúde Pública

Résumé

INTRODUÇÃO: O consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) aumenta o risco para o desenvolvimento da obesidade, contudo, ainda não foi quantificado tamanho e impacto desse risco.  OBJETIVO: Determinar a magnitude do consumo de AUP na transição do estado nutricional de sobrepeso para a obesidade. MÉTODOS: Este estudo observacional foi conduzido a partir de dados de 15.024 adultos dos 18 aos 59 anos (Mulheres: 56%), do projeto Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2019. O estado nutricional foi determinado mediante o índice de massa corporal (IMC). Valores de IMC entre 25 e 29.99 kg/m2 classificaram sobrepeso (n=9618) e quando ≥30kg/m2, era considerada a obesidade (n=5406). O consumo de AUP foi considerado baixo (<9 unidades/dia) ou elevado (≥10 unidades/dia). Os fatores de risco: idade, sexo, escolaridade, consumo <9 alimentos minimamente processados (AMP), inatividade física (≤150 min/semana de intensidade moderada a vigorosa), horas de tela por dia, consumo de álcool (sim/não), consumo semanal de tabaco (nº de cigarros/semana), pressão arterial elevada (sistólica >120mm/Hg e/ou diastólica >80mm/Hg) e hiperglicemia (≥126mg/dL) foram introduzidos no modelo de regressão logística binária para o cálculo das razões de chance (Odds Ratio [OR]). RESULTADOS: O consumo de ≥10 AUP aumentou em 37% a probabilidade de ocorrência de obesidade, independentemente dos demais fatores de risco: inatividade física (OR=+26,1%), tempo de tela (OR=+6,5%), consumo de ≥10 AMP (OR=-59%), ausência de níveis pressóricos elevados (OR=-52,6%), de hiperglicemia (OR=-29,6%) e maior escolaridade (OR=-2,1%). CONCLUSÃO: O tamanho do sucesso nas estratégias interventivas para a prevenção da obesidade agora é conhecido A intervenção efetiva envolve prioritariamente fatores como redução do consumo de AUP e aumento do consumo de AMP, com magnitude do impacto de 37% e 59%, respectivamente.

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Publié-e

2021-11-19

Comment citer

Santos Lopes Da Silva, L., Pugliesi Abdalla, P., Gavassa De Araújo, R., De Freitas Batalhão, D., Rossini Venturini, A. C., Dos Santos Carvalho, A., … Roberto Lopes Machado, D. (2021). O consumo de alimentos ultraprocessados é determinante no desenvolvimento da obesidade . Arquivos Brasileiros De Educação Física, 4(2), 142 – 149. https://doi.org/10.20873/abef.2595-0096v4n2p142149

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