Saúde mental e programa comunitário para pessoas acima de 60 anos
DOI:
https://doi.org/10.20873/abef.2595-0096v5n194101Palavras-chave:
COVID-19 pandemic., Elderly, Anxiety, DepressionResumo
Introdução: Os programas que desenvolvem ações voltadas para a saúde de pessoas idosas na sua integralidade, proporcionam melhoras em aspectos da qualidade de vida (físicos, funcionais, sociais, emocionais). Com a disseminação de uma infecção respiratória aguda
causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19), elegível a nível internacional como “grave” e de elevada transmissibilidade, houve um período extenso de reclusão em casa por parte da maioria da população, aqui no caso, brasileira, acarretando para uma grande parte da população idosa sequelas emocionais, sociais e declínios na capacidade funcional. Dentre eles podemos destacar a ansiedade e depressão, sintomas psicopatológicos que estão relacionados como fatores de risco para a qualidade de vida afetando a realização de suas atividades diárias. Objetivo: Comparar através da Escala Geriátrica de Depressão GDS-15 e GDS-5 e o Inventário de Ansiedade Geriátrica (GAI) possíveis alterações nos parâmetros psicopatológicos em pessoas idosas após 3 meses de participação das atividades desenvolvidas no projeto “Viver Melhor”. Métodos: Neste recorte 35 participantes do Projeto Viver Melhor, realizado no Centro de Saúde Comunitária – CSC, Deise de Fátima Araújo de Paula, unidade de saúde da Prefeitura Municipal de Palmas (TO), responderam os questionários GAI e GDS-15 e GDS-5 no início e após 3 meses de atividades oferecidas (alongamento, memorização, palestras). Foi realizada estatística descritiva, teste de normalidade (Shapiro-Wilk) e o teste T-student para amostras dependentes através do software Jamovi 2.2. Adotamos um nível de significância de p ≤ 0,05 para todas as variáveis. Resultados: Não houve dados relacionados a depressão durante pré e pós coletas (GDS-15 e GDS-5). Quando comparados os dados pré e pós da GAI percebe-se uma que houve uma redução nos parâmetros da ansiedade, estatisticamente significativos de acordo com p= 0.0471 em um período de 3 meses de participação das atividades oferecidas pelo projeto. Conclusão: Percebe-se a necessidade de um olhar mais cauteloso para a população de pessoas idosas, o que foi ressaltado em relação ao aumento dos sintomas de ansiedade apresentados pela pesquisa, apontando a participação em programas de exercícios físicos e sociais como fatores fundamentais para a manutenção da saúde integral.
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