PALAVRA E PODER:
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESCRAVO MUDO EM “A GLORIOSA FAMÍLIA - O TEMPO DOS FLAMENGOS”, DE PEPETELA
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2179-3948.2020v11n1p411Palabras clave:
Angola, Pepetela, subalterno, silenciamento, metaficção históricaResumen
O objetivo deste trabalho é analisar os processos de silenciamento, bem como de possibilidades de fala do subalterno no romance “A Gloriosa Família - O tempo dos flamengos”, do angolano Pepetela. A partir do narrador mudo (ou emudecido), como o falar, o calar e o criar são elementos essenciais à dinâmica de elaborações discursivas que, orquestradas pelas conveniências das relações de poder, legitimam e perpetuam a dominação dos sujeitos historicamente marginalizados. Acreditamos que o narrador, como estratégia artística e estética principal da obra, confirma-se como transposição metafórica das possibilidades de fala em meio ao silenciamento imposto pelo colonizador
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