A SUBSTITUIÇÃO DE ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS POR LETRAS DO ALFABETO AFETA A COMPREENSÃO E A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES MATEMÁTICAS?

Autores

Palavras-chave:

Educação Matemática, Representação Numérica, Cognição Matemática, Métodos de Ensino

Resumo

Em um contexto em que o método científico enfrenta questionamentos e desafios, este estudo buscou investigar a influência da substituição de algarismos indo-arábicos por letras do alfabeto na compreensão e execução de operações matemáticas básicas. O objetivo central foi analisar, através das percepções dos participantes, o impacto dessa substituição na habilidade de realizar tais operações matemáticas. Utilizando uma abordagem qualitativa, a pesquisa foi conduzida em um curso de especialização em Educação do Campo, onde os participantes realizaram atividades que simulavam a substituição dos algarismos por letras. Os resultados indicaram que os participantes enfrentaram dificuldades iniciais significativas, refletindo um desafio na adaptação cognitiva ao novo sistema de representação numérica. Esta pesquisa contribui para a compreensão das estratégias pedagógicas no ensino da matemática, enfatizando a importância de considerar diferentes métodos de ensino.

Biografia do Autor

Thiago Beirigo Lopes, Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Confresa, Mato Grosso, Brasil.

É Doutor em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT/REAMEC (2017 - 2020), possui Mestrado Profissional em Matemática pela Universidade Federal do Tocantins - UFT/ProfMat (2014 - 2015) e Graduação em Licenciatura Plena Em Matemática pela Universidade do Estado do Pará - UEPA (2004 - 2007). Atualmente é Professor EBTT de Matemática efetivo com dedicação exclusiva e atua no Programa de Mestrado em Ensino (PPGEn) no Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT. É Editor-chefe da Revista Prática Docente (ISSN 2526-2149) e Líder do Grupo de Pesquisa Ensino de Ciências e Matemática no Baixo Araguaia, registrado no CNPq. Incentivador de Acesso Aberto (Open Acess) para publicações científicas.

Dailson Evangelista Costa, Universidade Federal do Tocantins (UFT), Arraias, Tocantins, Brasil.

Pós-doutorando em Ensino de Ciências e Matemática (PPGecim/UFNT). Doutor em Educação em Ciências e Matemática (PPGECEM/REAMEC/UFMT). Mestre em Educação em Ciências e Matemáticas - área de concentração em Educação Matemática (PPGECM/UFPA). Graduado em Licenciatura em Matemática (UFT-Araguaína). Durante a graduação foi bolsista CAPES pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), monitor nas disciplinas de Geometria Espacial e Matemática Básica II, bolsista do Programa de Intercâmbio Luso-Brasileiras Santander Universidades na Universidade de Aveiro (Portugal). Atualmente é Professor Adjunto da UFT, lotado no Curso de Licenciatura em Matemática (UFT-Arraias). Foi professor formador no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Foi Coordenador de Tutores do Curso EaD de Matemática da UAB/UFT. Coordenou o Laboratório de Educação Matemática (LEMAT-Arraias). Foi vice-coordenador da Especialização em Educação Matemática (UFT-Arraias). Foi Coordenador de Área do Subprojeto do PIBID - Licenciatura em Matemática (UFT-Arraias). É membro das seguintes sociedades científicas: Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC), Grupo Associado de Estudos e Pesquisas sobre História da Educação Matemática (GHEMAT-Brasil), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope). Editor-chefe da ReTEM - Revista Tocantinense de Educação Matemática e Editor Associado da Revista REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática (UFMT) e da Revista RIEcim - Revista Interdisciplinar de Ensino de Ciêncas e Matemática (UFNT). Líder do GEPEMEB-TO - Grupo de Estudos, Pesquisas e Práticas em Educação Matemática Humanizada nas Escolas da Educação Básica do Tocantins. Vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática na Formação de Professores (GEPEMFOR-UFT-Arraias). Membro de conselho editorial e avaliador de mais de 15 periódicos na área de Educação Matemática, membro do Fórum de Editores de Periódicos da Área de Educação (FEPAE). Possui experiência na área de Educação Matemática com ênfase nos seguintes temas: Laboratório de Educação Matemática, Didática da Matemática, Formação de Professores que Ensinam Matemática (PEM), Tendências em Educação Matemática, Pesquisa Qualitativa em Educação Matemática, Elaboração de Sequências Didáticas Investigativas, Saberes e Conhecimentos Profissionais. Desenvolve pesquisa sobre os seguintes temas: Formação de Professores que Ensinam Matemática, Laboratório de Educação Matemática, Construção e Desenvolvimento de Sequência Didática Investigativa.

Luis Andrés Castillo, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, Pará, Brasil.

Doutorando em Educação em Ciências e Matemáticas com bolsa de estudo da FAPESPA (2021-2024 | Edital 14/2021 PROPESP-UFPA) no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM) do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestre em Educação em Ciências e Matemáticas - área de concentração: Educação Matemática - (PPGECM/UFPA) com bolsa de estudo da CAPES (2018-2020). Graduado em Licenciatura em Educação Matemática e Física pela Universidade do Zulia, Venezuela (2011-2016) e revalidada como Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/2022). Professor Convidado na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus Universitário de Arraias, no Curso de Licenciatura em Matemática (2022). Membro do Grupo de Pesquisa Práticas Socioculturais e Educação Matemática (GPSEM/UFPA). Pesquisador nível A-1 no Programa de Estímulo à Pesquisa e Inovação da Venezuela (2015 - Atual). Pertence ao corpo Editorial de periódicos nacionais e internacionais, como parte do Conselho Consultivo, Equipe Técnica e Parecerista ad hoc. Possui experiência na área de Educação Matemática com ênfase em: Formação de Professores com Tecnologias Digitais, Ensino de Matemática com Tecnologias Digitais, Uso do GeoGebra no Ensino da Matemática, Modelagem Matemática com GeoGebra. Possui experiência em trabalhos técnicos na administração e customização do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) ou Open Journal Systems (OJS).

Tadeu Oliver Gonçalves, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, Pará, Brasil.

Licenciado em Matemática pela Universidade Federal do Pará (1976), Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (1981) e Doutor em Educação Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (2000). É professor da UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ desde agosto de 1976, situando-se atualmente na categoria de PROFESSOR TITULAR. É docente/pesquisador do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM/IEMCI/UFPA) - Mestrado e Doutorado, desde o seu início, em 2002 (NPADC). Também é docente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemáticas (REAMEC). é Docente Permanente do Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências e Matemática PPGecim da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT). Tem experiência na área de Educação Matemática e seu campo de pesquisa tem ênfase na Formação de Formadores e de Professores de Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: educação matemática, formação de professores, ensino-aprendizagem, , ensino da matemática e neuro ciência e educação matemática.

Referências

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Publicado

2024-07-10

Como Citar

LOPES, Thiago Beirigo; COSTA, Dailson Evangelista; CASTILLO, Luis Andrés; GONÇALVES, Tadeu Oliver. A SUBSTITUIÇÃO DE ALGARISMOS INDO-ARÁBICOS POR LETRAS DO ALFABETO AFETA A COMPREENSÃO E A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES MATEMÁTICAS?. Revista Interdisciplinar em Ensino de Ciências e Matemática, [S. l.], v. 4, p. e24006, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/RIEcim/article/view/19296. Acesso em: 17 set. 2024.

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