Tecnologia, formação dos professores e ludicidade no ensino da matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e15357

Resumo

As tecnologias são elementos indispensáveis no cotidiano das pessoas, e a pandemia acentuou ainda mais essa situação. Elas se tornaram metodologia de ensino e fator de enriquecimento do trabalho docente. Desde então, os aplicativos são amplamente adotados no auxílio do processo de ensino-aprendizagem, tornando as aulas mais dinâmicas, atraentes, satisfatórias e prazerosas. O objetivo deste artigo é apresentar o uso de aplicativos para o ensino da Matemática, a importância da ludicidade nesse processo e as estratégias utilizadas no emprego desses recursos. Trata-se de pesquisa bibliográfica com revisão narrativa. O material foi obtido em base de dados, por meio de descritores combinados e associados por operadores booleanos, e selecionado por critérios de inclusão e exclusão. Os resultados mostraram que as tecnologias são excelentes ferramentas pedagógicas, mas exigem formação adequada, sendo que a aplicação certa pode privilegiar a aprendizagem significativa e os conhecimentos prévios dos alunos. Conclui-se que os aplicativos, jogos e sites podem favorecer as experiências educativas na escola e possibilitam o aprender brincando, no qual o conteúdo pode ser assimilado com eficiência.

Palavras-chave: tecnologias, ensino, matemática, ludicidade.

 

Technology, teacher training and ludicity in the teaching of mathematics 

ABSTRACT. Technologies are indispensable elements in people's daily lives and the pandemic has further accentuated this situation. They have become a teaching methodology and a factor for enriching the teaching work. Since then, applications have been widely adopted to help the teaching-learning process, making classes more dynamic, attractive, satisfying and enjoyable. The objective was to present the use of applications for teaching Mathematics, the importance of playfulness in this process and the strategies used in the use of these resources. This is a bibliographical research with narrative review, the material was obtained from the database through combined descriptors and associated by Boolean operators, being selected by inclusion and exclusion criteria. The results showed that technologies are excellent pedagogical tools and require adequate training, where the right application can favor meaningful learning and students' prior knowledge. It is concluded that applications, games and websites can favor educational experiences at school and allow learning by playing, where content can be assimilated efficiently.

Keywords: technologies, teaching, mathematics, ludicity.

 

Tecnología, formación docente y ludicidad en la enseñanza de las matemáticas

RESUMEN. Las tecnologías son elementos indispensables en el día a día de las personas y la pandemia ha acentuado aún más esta situación. Se han convertido en una metodología de enseñanza y en un factor de enriquecimiento de la labor docente. Desde entonces, las aplicaciones han sido ampliamente adoptadas para ayudar al proceso de enseñanza-aprendizaje, haciendo las clases más dinámicas, atractivas, satisfactorias y amenas. El objetivo fue presentar el uso de aplicaciones para la enseñanza de las Matemáticas, la importancia de la lúdica en este proceso y las estrategias utilizadas en el uso de estos recursos. Se trata de una investigación bibliográfica con revisión narrativa, el material fue obtenido de la base de datos a través de descriptores combinados y asociados por operadores booleanos, siendo seleccionados por criterios de inclusión y exclusión. Los resultados mostraron que las tecnologías son excelentes herramientas pedagógicas y requieren de una adecuada formación, donde la correcta aplicación puede favorecer el aprendizaje significativo y el conocimiento previo de los estudiantes. Se concluye que las aplicaciones, juegos y sitios web pueden favorecer las experiencias educativas en la escuela y permitir el aprendizaje jugando, donde los contenidos se pueden asimilar de manera eficiente.

Palabras clave: tecnologías, enseñanza, matemáticas, ludicidad.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vinicius da Silva Freitas, Universidade Estácio de Sá

Doutorando em Educação pela Universidade Estácio de Sá (2022 - 2025). Doutorando em Ciências da Reabilitação pelo Centro Universitário Augusto Motta (2021 - 2024). Mestre em Ciências, Tecnologia e Educação (2020). Possui Especialização em Educação Física Adaptada a Inclusão (2021), Psicomotricidade (2021), Educação Física Escolar (2018), Especialização em Educação Especial e Educação Inclusiva (2018). Graduação em Bacharelado em Fisioterapia (2021), Bacharelado em Educação Física (2021), Pedagogia (2018) e Licenciatura em Educação Física (2017). Atualmente é Professor Pesquisador no Centro Universitário Vale do Cricaré, Fisioterapeuta no Centro Multiprofissional Freitas, Professor de Educação Física da Educação Básica do Município de Presidente Kennedy/ES e Técnico Desportivo de Vôlei do Município de Piúma/ES. Já atuou como coordenador do Projeto de Reabilitação Multiprofissional para Crianças Portadoras de Necessidades Especiais, Gerente de projetos de Atividades Físicas Comunitárias. Tem experiência na área de Educação Física, desde a Área pedagógica a Reabilitação/Treinamentos, na área de Fisioterapia desde processos de prevenção a procedimentos de intervenção, na área de Pedagogia com mediação escolar e acompanhamento de alunos Portadores de Necessidades Especiais. Atualmente desenvolve pesquisas nas seguintes áreas: Politicas Públicas na Educação/Saúde, Formação de Professores, Psicomotricidade, Atividades Físicas Adaptadas, Reabilitação Musculoesquelética Pediátrica e Adulto, Saúde do Trabalhador/Ergonomia. (Texto informado pelo autor)

Rosayna Frota Bazhuni, Universidade Estácio de Sá

Doutoranda em Educação pela UNESA. Graduação em PEDAGOGIA - FACULDADES INTEGRADAS DE CRUZEIRO/SP (1987). Mestre em Novas Tecnologias Digitais na Educação pelo Centro Universitário UniCarioca (2021). Trabalha com Gestão Educacional na área de Supervisão Educacional da Fundação Pública Municipal de Educação (FME) de Niterói e também professora dessa mesma Fundação, tendo experiência na área de Supervisão Educacional, atuando principalmente nos seguintes temas: Formação Continuada de Professores, Novas Tecnologias Digitais na Educação, Pesquisa da Educação Matemática nas série iniciais, Educação Infantil, Gestão escolar e Projeto Político Pedagógico.

Jacqueline de Cassia Pinheiro Lima, Universidade Estácio de Sá

Pesquisadora Visitante do LEEL/UENF. Docente do PPGE/UNESA. Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ - 2015-2018). Pós-Doutora do PPG em Cognição e Linguagem, na UENF (PDS-FAPERJ - 2019-2020). Pós Doutora pelo Programa de Pós Graduação em História da UERJ. Doutora em Sociologia pelo IUPERJ (2006), tendo nos anos de 2003 e 2004 feito seu Doutorado Sanduíche no Instituto de Urbanismo de Paris, Universidade de Paris XII. Mestre em História Social da Cultura pela PUC-Rio (1999). Bacharel e Licenciada em História pela UERJ (1996). Em atividade de Gestão, as experiências foram como Membro da Diretoria da ANINTER-SH por dois mandatos; Coordenação do Curso de História (2009). Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Letras e Ciências Humanas da UNIGRANRIO (2009 a 2015). Coordenadora Geral do Programa e do Curso de Doutorado em Humanidades, Culturas e Artes, todos na UNIGRANRIO (2015 a 2017). Como docente, foi Professora do Programa de Mestrado Profissional de Ensino de Ciências na Educação Básica , no Curso de Graduação em História, Pedagogia, Teologia e demais Licenciaturas e no Programa de Pós Graduação em Humanidades, Culturas e Artes, até janeiro de 2019. Atuou como Professora substituta na FEBF e FFP/UERJ. Na Educação Básica foi Docente no Ensino Público, concursada, na Rede Estadual do Rio de Janeiro, no Ensino Fundamental e Orientadora de Iniciação Científica, pelo CNPq, no Ensino Médio. Tem experiência nas áreas de História e Sociologia Urbana, História das Ciências, História Social, Interdisciplinar e Educação. Desenvolve pesquisas nos temas da Cidade, Patrimônio, Museus, Literatura, Políticas Públicas em Educação, voltadas aos espaços museais e História e Memória. Tem orientado temas voltados para Educação, Direitos Humanos, Ensino e Diversidades, História do Brasil e Patrimônio. 

Referências

Almeida, M. M. N. (2016). Formação docente: um estudo sobre a percepção dos docentes da área técnica no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amapá - Campus Santana sobre a formação pedagógica (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Araújo Filho, P. M., Neres, R. L., Martins, E. R., & Brandão, R. J. B. (2020). Educação 4.0: tecnologias educacionais. São Luís, MA: Editora Pascal.

Araújo, A. C. P., & Leite, V. F. A. (2018). A formação continuada de professores da Pré-Escola na proposta do PNAIC 2017. In Anais do Colóquio Internacional Crianças e Territórios de Infância. Brasília, DF.

Araújo, R. L. (2019). 2048: Uma abordagem matemática do jogo e sua aplicação em sala de aula (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.

Ausubel, D. P. (1982). A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo, SP: Moraes.

Bacich, L., & Moran, J. (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre, RS: Penso.

Base Nacional Comum Curricular (2017). Sae Digital, 2021, 31 de julho. Base nacional comum curricular: entenda as competências que são o “fio condutor” da BNCC. Recuperado de: https://sae.digital/base-nacional-comum-curricular-competencias/

Bernardo, W. M., Nobre, M. R. C., & Jatene, F. B. (2004). A prática clínica baseada em evidências: parte II - buscando as evidências em fontes de informação. Revista da Associação Médica Brasileira, 50(1), 104-108. https://doi.org/10.1590/S0104-42302004000100045

Boaler, J., Munson, J., & Williams, C. (2018). Mentalidades Matemáticas na sala de aula. São Paulo, SP: Penso Editora Ltda.

Carvalho, L. A., Santos, S. F. dos, Oliveira, L. F. P., & Galdino, M. E. R. (2019). Tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC’s) e a sala de aula. Perspectivas Online: Humanas & Sociais Aplicadas, 9(26), 32-51. https://doi.org/10.25242/887692620191876

Castells, M. (2007). A era da informação: economia, sociedade e cultura. In Castells, M. (Org.). A sociedade em Rede (s./p.). São Paulo, SP: Paz e Terra.

Diniz, D. C., & Barros, A. H. B. (2016) A licenciatura em educação do campo na formação de professores em ciências da natureza e matemática no maranhão. In Anais do XII Encontro Nacional de Educação Matemática – Enem (pp. 1-12). São Paulo, SP.

Duarte, I., & Schielling, R. (2019). O uso do aplicativo math game nas aulas de matemática. Redin - Revista Educacional Interdisciplinar, 8(1), 1-11.

Dullius, M. M., & Quartieri, M. T. (2006). Recursos computacionais nas aulas de matemática. In Anais do III SIPEM - Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática (pp. 1-9). Águas de Lindóia, SP.

Kenski, V. M. (2012). Educação e tecnologia: O novo ritmo da informação (8a ed.). Campinas, SP: Papirus.

Kishimoto, T. M. (1998). O Brincar e suas teorias. São Paulo, SP: Editora Pioneira.

Kishimoto, T. M. (2005). O brincar e a linguagem. In Faria, A. L. G., & Melo, S. A. (Orgs.). O mundo da escrita no universo da pequena infância (p. 142). Campinas, SP: Autores Associados.

Kohn, K., & Moraes, C. H. (2007). O impacto das novas tecnologias na sociedade: conceitos e características da Sociedade da Informação e da Sociedade Digital. In Anais do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (pp. 1-13). Santos, SP.

Lévy, P. (1999). Cibercultura. Rio de Janeiro, RJ: Editora 34.

Lima, E. A. P. (2015). Jogos eletrônicos em plataformas android para ensino da matemática (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade de Pernambuco, Garanhuns.

Lisbôa, M. L., & Scheffler, S. L. (2005). Brincando e teclando com alegria. Florianópolis, SC: Alternativa Gráfica Ltda.

Maciel, C. (2018). Educação a Distância: Ambientes virtuais de aprendizagem (2a ed.). Cuiabá, MT: EdUFMT.

Maltempi, M., & Mendes, R. (2016). Tecnologias digitais na sala de aula: por que não? In Atas do IV Congresso Internacional das TIC na Educação: Tecnologias digitais e a Escola do Futuro (pp. 87-97). Lisboa, PT.

Melo, A. V. F. (2008). Jogo pedagógico, Brasil e sua dinâmica territorial: educação lúdica em geografia. Recuperado em: http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal12/Ensenanzadelageografia/Investigacionydesarrolloeducativo/77.pdf.

Moraes, D., Oliveira, D., Broietti, F., & Stanzani, E. (2015). O uso de tecnologias digitais por professores da escola básica: realidades do contexto educativo. Boletim Técnico do Senac, 41(2), 48-63.

Moran, J. (2009). A educação que desejamos - Novos desafios e como chegar lá (4a ed.). São Paulo, SP: Papirus.

Moran, J. M., Masetto, M., & Behrens, M. (2017). Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas, SP: Papirus.

Mundim, J. S. M., Ghelli, K. G. M., & Oliveira, G. S. (2017). O trabalho pedagógico com os saberes matemáticos na Educação Infantil. Cadernos da FUCAMP, 16(28), 35-48.

Nascimento, A. L., & Werneck, M. (2016). Aprendizagem móvel no ensino da matemática básica: proposta de um instrumento de avaliação de aplicativos. In Anais XIII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância. São Joao Del Rey, MG.

Nascimento, A. M. (2007). A infância na escola e na vida: uma relação fundamental (2a ed.). Brasília, DF: Ministério da Educação.

Papert, S. (2008). A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre, RS: Artmed.

Parâmetros curriculares nacionais: matemática. (1997). Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro03.pdf.

Rosa, A. (2003). Lúdico & Alfabetização. Curitiba, PR: Juruá.

Santos, V. J. (2021, 31 de julho). Ensino-aprendizagem da Geometria com o Cabri-Géomètre. Recuperado em: http://www2.uesb.br/cursos/matematica/matematicavca/wp-content/uploads/mc101.pdf.

Saviani, D. (2009). Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, 14(40), 143-155. https://doi.org/10.1590/S1413-24782009000100012

Silva, P. C. A. (2018). Geometria Espacial: uso do Aplicativo GeoGebra em Smartphones (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Goiás, Catalão.

Sommerhalder, A., & Alves, F. D. (2011). Jogos e a Educação da Infância: muito prazer em aprender. Curitiba, PR: Editora CRV. https://doi.org/10.24824/978858042118.7

Unesco (2004). O perfil dos professores brasileiros: o que fazem, o que pensam, o que almejam. São Paulo, SP: Moderna.

Downloads

Publicado

2023-10-21

Como Citar

Freitas, V. da S., Bazhuni, R. F., & Lima, J. de C. P. (2023). Tecnologia, formação dos professores e ludicidade no ensino da matemática. Revista Brasileira De Educação Do Campo, 8, e15357. https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e15357

Edição

Seção

DOSSIÊ – POLÍTICA EDUCACIONAL E FORMAÇÃO DE PROFESSORES