Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: um espaço de resistência à colonialidade e seus mecanismos de poder
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e7162Palavras-chave:
Rural Education, MST’s Education, Coloniality.Resumo
Este trabalho é parte de uma pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, linha de Pesquisa dos Movimentos Sociais, Política e Educação Popular, campus Cuiabá, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Que teve como propósito analisar as iniciativas pedagógicas e educativas desenvolvidas em escolas do campo, coordenadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Mato Grosso, como processos de resistência ante a colonialidade e seus mecanismos de poder. É uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com os professores gestores da escola Estadual Florestan Fernandes localizada no Assentamento 12 de Outubro. As ferramentas investigativas foram: entrevistas semi estruturadas, observação participante e diários de campo. Com base nas entrevistas constatou-se que as escolas do Movimento são estruturadas desde uma concepção contra-hegemônica, com práticas pedagógicas diferenciadas. As análises dos diários de campo revelam que esta escola implementa os princípios filosóficos e pedagógicos do Movimento, embora seja financiada pelo poder público.
Palavras-chave: Educação do Campo, Educação do MST, Colonialidade.
Education of the Movement of Landless Rural Workers: a space of resistance to coloniality and its mechanisms of power
ABSTRACT. This paper is part of an investigation linked to the Post-graduate Education Program in the Federal University of Mato Grosso, research on Social Movements, Politics and Popular Education, Cuiabá, with the support of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES). Its purpose is to analyze the pedagogical and educational initiatives developed in rural schools, under the coordination of the Movement of Landless Workers (MST) in Mato Grosso, as a process of resistance to coloniality and its mechanisms of power. This is a qualitative research, developed with the teachers and directors of the Florestan Fernandes National School located in the October 12’s Settlement. The research tools used were: semi structured interviews, participant observation and field journals. Based on the interviews, it can be seen that the MST’s schools are constituted from an anti-hegemonic conception, with different pedagogical practices. The field journals analysis reveals that this school implements the philosophical and pedagogical principles of the Movement, although financed by the public sector.
Keywords: Rural Education, MST’s Education, Coloniality.
Educación del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra: un espacio de resistencia a la colonialidad y sus mecanismos de poder
RESUMEN. Este trabajo es parte de una investigación que está vinculada al Programa de Pos graduación en Educación de la Universidad Federal de Mato Grosso, línea de investigación de los Movimientos Sociales, Política y Educación Popular, sede Cuiabá, con el apoyo de La Coordinación de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Que tiene como propósito analizar las iniciativas pedagógicas y educativas desarrolladas en las escuelas de campo, bajo la coordinación del Movimiento de los Trabajadores Sin Tierra (MST) en Mato Grosso, como procesos de resistencia ante la colonialidad y sus mecanismos de poder. Es una investigación de carácter cualitativo, desarrollada con los profesores y directivos de la escuela Estadual Florestan Fernandes ubicada en el Asentamiento Doce de Octubre. Las herramientas investigativas fueron: las entrevistas semiestructuradas, observación participante y los diarios de campo. Con base a las entrevistas se constata que las escuelas del movimiento son constituidas desde una concepción contra hegemónica, con prácticas pedagógicas diferentes, en cuanto al análisis de los diarios de campo se verifico que esta escuela implementa los principios filosóficos y pedagógicos del movimiento, aunque este bajo el dominio del Estado.
Palabras claves: Educación del Campo, Educación del MST, Colonialidad.
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