Las mujeres campesinas y la ruptura de los cercos del latifundio educativo: del campo a la educación superior

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https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e14464

Resumen

RESUMEN. Este artículo tiene como objetivo identificar los obstáculos en el ingreso y permanencia de mujeres campesinas en la Licenciatura en Educación del Campo, en el Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, de la Universidad Federal de Piauí. En esta investigación cualitativa se realizaron entrevistas, mediante un cuestionario semiestructurado, a cinco mujeres campesinas estudiantes del mencionado curso. Las entrevistadas reportaron como limitantes tanto para el ingreso como para la permanencia en la universidad: la falta de permiso de sus maridos, la maternidad, el trabajo formal, las dificultades económicas, la distancia de los lugares donde viven al campus universitario, la falta de alojamiento y lugar para dejar hijos mayores de edad escolar, oferta reducida de becas y perjuicio de alumnos de otros cursos. Si bien la Licenciatura en Educación del Campo es el resultado de la lucha de los movimientos sociales y populares, sigue siendo excluyente y limitante en cuanto al ingreso y permanencia de las mujeres campesinas, tanto por el espacio y la gestión universitaria como por el patriarcado, que impone a estas mujeres la formación de una familia y el cuidado de los hijos en lugar de la formación académica. Para estas mujeres campesinas, la anhelada formación en un curso de educación superior es algo posible y transformador, aunque sea necesario para romper los cercos del latifundio educativo.

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Publicado

2023-07-19

Cómo citar

Mariana Ferreira da Silva, I., & Lopes, S. G. (2023). Las mujeres campesinas y la ruptura de los cercos del latifundio educativo: del campo a la educación superior. Revista Brasileña De Educación Rural, 8, e14464. https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e14464