Território Ecofeminista: semeando o Estado da Arte
DOI:
https://doi.org/10.70860/ufnt.rbec.e18745Palavras-chave:
ecofeminismo, estado da arte, mulheres, ecologiaResumo
No presente artigo, o ecofeminismo é apresentado como uma práxis (conjunção entre teoria e prática) a fim de auxiliar na formulação de uma proposta teórico-metodológica que compreenda como as questões ecológicas têm impactado diferentemente as mulheres e outras minorias políticas, bem como permita encaminhamentos que reconheçam os movimentos ecológicos já organizados e protagonizados por mulheres. Para tal, é apresentado as definições de ecofeminismo, com ênfase nas leituras e interpretações de autoras latino-americanas e, se seguida, realizado um levantamento sistematizado em dois bancos de dados diferentes - Scielo e Plataforma Sucupira da CAPES - com o intuito de (1) identificar as tendências acerca da pesquisa sobre ecofeminismo no Brasil e; (2) compreender como elas têm sido trabalhadas e divulgadas a partir das seguintes categorias: área, instituição, ano, região, dissertações de mestrado e/ou teses de doutorado. Ao fim, apresentaremos dados que revelam uma ascensão do debate ecofeminista no Brasil e sua maior incidência na área das Ciências Humanas.
Palavras-chave: estado da arte, ecofeminismo, scielo, plataforma sucupira.
Ecofeminist territory: seeding the State of the Art
ABSTRACT. In this article, ecofeminism is presented as a praxis (a combination of theory and practice) in order to assist in the formulation of a theoretical-methodological proposal that understands how ecological issues have differently impacted women and other political minorities, as well as allowing for approaches that recognize ecological movements already organized and led by women. To this end, definitions of ecofeminism are presented, with an emphasis on the readings and interpretations of Latin American authors, followed by a systematic survey of two different databases—Scielo and Sucupira Plataform—with the aim of (1) identifying trends in research on ecofeminism in Brazil and; (2) understand how they have been worked on and disseminated based on the following categories: area, institution, year, region, master's dissertations, and/or doctoral theses. Finally, we will present data that reveal a rise in ecofeminist debate in Brazil and its greater incidence in the area of humanities.
Keywords: state of art, ecofeminism, scielo, sucupira plataform.
Territorio ecofeminista: sembrando el Estado del Arte
RESUMEN. En el presente artículo, el ecofeminismo se presenta como una praxis (conjunción entre teoría y práctica) con el fin de ayudar a formular una propuesta teórico-metodológica que comprenda cómo las cuestiones ecológicas han impactado de manera diferente a las mujeres y otras minorías políticas, y que permita orientaciones que reconozcan los movimientos ecológicos ya organizados y protagonizados por mujeres. Para ello, se presentan las definiciones de ecofeminismo, con énfasis en las lecturas e interpretaciones de autoras latinoamericanas, y a continuación se realiza un estudio sistematizado en dos bases de datos diferentes, Scielo y Sucupira, con el fin de (1) identificar las tendencias en la investigación sobre ecofeminismo en Brasil y (2) comprender cómo se han trabajado y difundido a partir de las siguientes categorías: área, institución, año, región, disertaciones de maestría y/o tesis de doctorado. Al final, presentaremos datos que revelan un auge del debate ecofeminista en Brasil y su mayor incidencia en el área de las Ciencias Humanas.
Palabras clave: estado del arte, ecofeminismo, scielo, plataforma sucupira.
Downloads
Referências
Avzaredel, P. C. S., Lima, R. O., & Rocco, R. (Orgs.). (2023) Ecofeminismo e Justiça Ambiental: Estudos em Homenagem à Selene Herculano. Rio de Janeiro: Lumen Juris.
Bahaffou, M., & Gorecki, J. (2020). Le féminisme ou la mort. (Préface). Editora: le passager clandestin.
Bottici, C. (2022). Ecofeminism as decolonial and transindividual ecology. (Des)troços: revista de pensamento radical, 2(2), 141–162. https://doi.org/10.53981/destroos.v2i2
Cândido, G. G., Redigolo, F. M., Condurú, M. T., Brito, C. N., & Silva, C. P. L. (2022). O ecofeminismo como perspectiva em pesquisas científicas. Liinc em Revista, 18(1), e5912. https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5912
Carneiro, S. A. (2005). A construção do outro como não-ser como fundamento do ser (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Carvalho, P. et al. (2019). Ecofeminismos: fundamentos teóricos e práxis interseccionais. Editora: Ape'Ku Editora.
Colacios, R. D., & Possebon, B. G. B. (2022). “O ecofeminismo em debate: teorias, ação política e educação ambiental”. In da Silva, A. J. N. (Org.). Educação enquanto fenômeno social: Currículo, políticas e práticas. Editora Atena.
D’Eaubonne, F.. (1974). Le féminisme ou la mort. Paris: Pierre Horay.
Faustino, C. (2020). “Retrocessos socioambientais e a vida nos territórios”. In Paim, E. S. (Org.). Resistências e Re-existências: Mulheres, território e meio ambiente em tempos de pandemia (pp. 33-34). Fundação Rosa Luxemburgo, Editora Funilaria.
Gaard, G. C. (2011). Rumo ao Ecofeminismo Queer. Revista Estudos Feministas, 29(3), 197-223. Recuperado de: https://www.redalyc.org/pdf/381/38118774015.pdf
Gabriel, A. (2011). Ecofeminismo e ecologias queer: uma apresentação. Revista Estudos Feministas, 19(1), 167-173. Recuperado de: https://www.scielo.br/j/ref/a/YmgMrWwzYDrB4Xp4fDZ8LPD/
Gabry, T. S., & Oliveira, F. A. G. (2021). LGBTI+ e a luta pela terra: contribuições para descolonizar o ecofeminismo queer. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação, 3(2), 14-32. Recuperado de: https://www.academia.edu/82505245/LGBTI_e_a_luta_pela_terra_contribui%C3%A7%C3%B5es_para_descolonizar_o_ecofeminismo_queer
Hakenhaar, P. (2021). Violência doméstica interespécies: contribuições teóricas e empíricas do ecofeminismo animalista para criminologia feminista. Recuperado de: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/73485
Lugones, M. (2010). Towards a decolonial feminism. Hypatia, New Jersey. 25(4), 742-759. Recuperado de: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1527-2001.2010.01137.x
Maneschy, J. L. (2023). Por um mundo ecofeminista decolonial: uma análise da violência contra a mulher e a natureza latinas a partir do Brasil e do Sistema Interamericano de Direitos Humanos. In Avzaradel, P. C. S., Lima, R. O., & Rocco, R. (Orgs.). Ecofeminismo e Justiça Ambiental: Estudos em Homenagem à Selene Herculano. Rio de Janeiro: Lumen Juris.
Rosendo, D. (2023). Sensível ao cuidado: uma perspectiva ética ecofeminista. 2. ed. Ape’Ku.
Mies, M., & Shiva, V. (1993). Ecofeminismo. Editora Luas.
Oliveira, M. et al. (2021). A dimensão de gênero no Big Push para a sustentabilidade no Brasil: as mulheres no contexto da transformação e ecológica da economia brasileira. New York: Fundação Friedrich Ebert Stiftung. Recuperado de: https://www.cepal.org/pt-br/publicacoes/46643-dimensao-genero-big-push-sustentabilidade-brasil-mulheres-contexto-transformacao
Puleo, A. H. (2017). What is ecofeminism?. Environmental Science, Philosophy. Recuperado de: https://www.iemed.org/wp-content/uploads/2021/05/What-is-Ecofeminism_.pdf
Romero, T. (2022). Mulheres são as mais prejudicadas pelas mudanças climáticas. A
Gazeta. Recuperado de: https://www.agazeta.com.br/artigos/mulheres-sao-as-mais
prejudicadas-pelas-mudancas-climaticas
Rosendo, D. et al. (2020). Locus Fraturado: Resistências no Sul global e práxis antiespecistasecofeministas descolonais. In Dias, M. C. et al. (Orgs.). Feminismos decoloniais: homenagem a María Lugones. Rio de Janeiro: Ape´ku. E-book.
Rosendo, D. (2017). Ecofeminismo queer: reflexiones sobre una teoria política no binaria. Revista LatinoAmericana de Estudios Críticos Animales. ano 4, 1. Recuperado de: https://revistaleca.org/index.php/leca/article/view/124
Sandra, N. A. F. (2022). As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação & Sociedade, (79). Recuperado de: https://www.scielo.br/j/es/a/vPsyhSBW4xJT48FfrdCtqfp/
Siliprandi, E. (2007). Agroecologia, Agricultura Familiar e Mulheres Rurais. Rev. Bras. Agroecologia, 2(1), 845-848.
Shiva, V. (2003). Monoculturas da Mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. São Paulo: Gaia.
UN Women (2023). Feminist Climate Justice: a framework for action. New York: UN Women Headquarters Office. Recuperado de: https://www.unwomen.org/en/digital-library/publications/2023/11/feminist-climate-justice-a-framework-for-action
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Fabio Alves Gomes de Oliveira, Karina Soares Bragança

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Proposal for Copyright Notice Creative Commons
1. Policy Proposal to Open Access Journals
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
A. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License that allows sharing the work with recognition of its initial publication in this journal.
B. Authors are able to take on additional contracts separately, non-exclusive distribution of the version of the paper published in this journal (ex .: publish in institutional repository or as a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.
C. Authors are permitted and encouraged to post their work online (eg .: in institutional repositories or on their website) at any point before or during the editorial process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and the citation of published work (See the Effect of Open Access).