“Eu gosto quando luta”: as vozes das crianças e os usos das brincadeiras lúdico-agressivas na educação infantil

Raquel Firmino Magalhães Barbosa

doi:10.20873/uft.rbec.e15776

Autor/innen

Raquel Firmino Magalhães Barbosa Colégio Pedro II – CPII/RJ https://orcid.org/0000-0002-2139-0146

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e15776

Abstract

ABSTRACT. The object of study is the rough-and-tumble play with children from Early Childhood Education, with an emphasis on ludic-aggressive plays. It analyzes publications about the rough-and-tumble play in Early Childhood Education and the media's influence on their interactions. This is exploratory bibliographical research from 2010 to 2023, that is used as a source of a literature review through scientific articles, with the descriptors rough-and-tumble play, Early Childhood Education and media, associated with ethnographic research through episodes of interaction with and between children of ludic-aggressive play. For the theoretical basis was chosen Sociology of Childhood and Studies with Daily Life and the researched publications on the research theme. The data set evidenced the following categories of analysis: the children's voices and the uses of rough-and-tumble play. The results showed the need to reveal the children's voices and the recognition of their cultural productions, contributing to the recognition of rough-and-tumble play in the curricular dynamics. It concludes that the valuing and reframing rough-and-tumble play has a direct impact on the relationships established with children at the school, pointing to a pedagogy of listening to their playing experiences.

Downloads

Keine Nutzungsdaten vorhanden.

Autor/innen-Biografie

Raquel Firmino Magalhães Barbosa, Colégio Pedro II – CPII/RJ

Graduação em Licenciatura Plena em Educação Física e Desportos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007). Especialização em Educação Física Escolar pela Universidade Federal de Lavras (2010), Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (2011). Estágio Avançado na Universidade do Minho (Doutorado-Sanduíche), em Portugal (2017). Doutora em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (2018). Docente da disciplina de Educação Física do Colégio Pedro II. Membro do grupo de pesquisa Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e seus Fazeres - NAIF/UFES (2014 - Atual) e pesquisadora do Grupo de Pesquisas em Ensino, Aprendizagem, Interdisciplinaridade e Inovação na Educação - GEPEAIINEDU/CPII e do Laboratório de Criatividade, Inclusão e Inovação pedagógica - LACIIPED/CPII (2017 - Atual), ambos vinculados à Pró-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura do Colégio Pedro II. Tem experiência de pesquisa científica na área de Educação Física, com ênfase na Educação Infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: brincadeiras, infância, ludicidade, desenho animado e agressividade; e, com experiência profissional e científica na Educação Básica e no Ensino Superior. É faixa preta em Kickboxing e Thaiboxing pela Confederação Brasileira de Kickboxing/CBKB/WAKO (2010).

Literaturhinweise

Baptista, M. R. (2010). O tempo e a criança: comentários ao fragmento 52 de Heráclito de Éfeso. Revista Mal-Estar e Sociedade, 3(4), 85-100.

Barbosa, R. F. M. (2011). Influências brincantes: Um estudo sobre a cultura lúdica infantil e o desenho animado (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá.

Barbosa, R. F. M., & Gomes, C. F. (2013). Os super-heróis em ação. Podem os desenhos animados sugerirem uma orientação estética lúdico-agressiva? Revista eletrônica de Educação, 7(1), 326-346.

Barbosa, R. F. M., Martins, R., & Mello, A. S. (2017). Brincadeiras lúdico-agressivas: tensões e possibilidades no cotidiano na Educação Infantil. Revista Movimento, 23(1), 159-170. https://doi.org/10.22456/1982-8918.65259

Barbosa R. F. M., Pereira B., & Mello A. S. (2018). Revisão sistemática sobre brincadeiras de luta na Educação Pré-escolar: Evidências, potencialidades e lacunas. Revista Egitania Sciencia, 12(1), 111-129. https://doi.org/10.46691/es.v0i0.184

Barbosa, R. F. M. (2018). Hibridismo brincante: um estudo sobre as brincadeiras lúdico-agressivas na educação infantil (Tese de Doutorado). Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória.

Barbosa, R. F. M., Camargo, M. C. S., & Mello, A. S. (2020). A Complexidade Do Brincar Na Educação Infantil: Reflexões Sobre As Brincadeiras Lúdico-Agressivas. J. Physical Education, 31(1), 1-11.

Barbosa, R. F. M., Zandomínegue, B. A. C., & Mello, A. S. (2020). Práticas brincantes e narrativas infantis nos espaçostempos da Educação Física com a Educação Infantil: análises a partir da Sociologia da Infância. Revista Pedagógica, 22(1), 1-29. https://doi.org/10.22196/rp.v22i0.5777

Benjamin, W. (1984). Reflexões: sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo, SP: Summus.

Bogdan, R. C., & Biklen, S. K. (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto Editora, LTDA.

Botelho, R. G., Oliveira, C. C. (2015). Literatura branca e cinzenta: uma revisão conceitual. Ci.Inf., 44(3), 501-513.

Brasil. (1998). Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.

Brasil. (2013). Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica.

Brasil. (2018). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.

Candreva, T., Cassiani, V., Ruy, M. P., Thomazini, L. Cestari, H. F., & Prodócimo, E. (2009). A agressividade na educação infantil: o jogo como forma de intervenção. Pensar a Prática, 12(1), 1-11. https://doi.org/10.5216/rpp.v12i1.4520

Certeau, M. (1994). A invenção do cotidiano. Petrópolis: Vozes.

Corsaro, W. A. (2011). Sociologia da Infância. Porto Alegre: Artmed.

Dornelles, L. V., & Fernandes, N. (2015). Estudos da criança e pesquisa com crianças: nuances luso-brasileiras acerca dos desafios éticos e metodológicos. Currículo sem Fronteiras, 15(1), 65-78.

Farias, M., Wiggers, I., & Almeida, D. (2015). Brincadeiras de luta e cultura infantil: análise de publicações em periódicos da Educação Física (2004-2013). Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 23(1), 181-195. https://doi.org/10.18511/0103-1716/rbcm.v23n3p181-195

Fernandes, N., & Trevisan, G. P. (2018). Cidadania ativa na infância: roteiros metodológicos. In Alberto, M. F. P., & Lucas, A. P. (Orgs.). Experiências mundiales de cuidadanía de la infância y adolescência (pp. 121-138). João Pessoa: Editora da UFPB.

Freire, J. B. (2005). O jogo: entre o riso e o choro. Campinas: Autores Associados.

Girardello, G., & Fantin, M. (2008). Liga, roda e clica: estudos em mídia, cultura e infância. Campinas: Papirus.

Ginzburg, C. (1989). Mitos, emblemas e sinais: morfologia e história. São Paulo: Cia. das Letras.

Jones, G. (2004). Brincando de matar monstros: por que as crianças precisam de fantasia, videogames e violência de faz-de-conta? São Paulo: Conrad Ed. do Brasil.

Kohan, W. (2005). Infância, entre a educação e a filosofia. Belo Horizonte: Autêntica.

Kohan, W. (2013). O Mestre inventor. Relatos de um viajante educador. Belo Horizonte: Autêntica Editora (Coleção: Experiência e Sentido).

Malaguzzi, L. (2016a). Ao contrário, as cem existem. In Edwards, C., Gandini, L., & Forman, G. (Orgs). As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância (pp.b1-2). Porto Alegre: ArtMed.

Malaguzzi, L. (2016b). História, ideias e filosofia básica. In Edwards, C., Gandini, L., & Forman, G. (Orgs). As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância (pp.b57-97). Porto Alegre: ArtMed.

Morin, E. (2003). Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Instituto Piaget.

Prange, B., & Bragagnolo, R. I. (2012). As Singularidades das Crianças Pequenas Expressas nas suas Brincadeiras. Educação & Amp. Realidade, 37(1), 251-271. https://doi.org/10.1590/2175-623615958

Pedrosa, M. I., & Carvalho, A. (2005). Análise qualitativa de episódios de interação: uma reflexão sobre procedimentos e formas de uso. Psicologia: Reflexão e Crítica, 18(3), 431-442. https://doi.org/10.1590/S0102-79722005000300018

Postman, N. (1999). O desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Ed. Graphia.

Silva, B. T. B., & Arnold, D. K. (2017). Vilão ou mocinho: as representações midiáticas na educação infantil. Revista Acadêmica Licencia&Acturas, 5(1), 57–64. https://doi.org/10.55602/rlic.v5i1.143

Sutton-Smith, B. (2001). The ambiguity of play. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Tomás, C. (2017). Para além de uma visão dominante sobre as crianças pequenas: gramáticas críticas na educação de infância. Revista Humanidades e Inovação, 4(1), 13-20.

Tonucci, F. (2005). Com olhos de crianças. Porto Alegre: Artes Médicas.

Zandomínegue, B. A. C., Barbosa, R. F. M., & Mello, A. S. (2020). Participação-escuta das crianças na Educação Infantil. Research, Society and Development, 9(7), 1-25. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3758