Potencialidades da inter-relação entre a formação docente na graduação e na pós-graduação: contribuições a partir de experiências do Estágio Docência na Licenciatura em Educação do Campo na UnB

Mônica Castagna Molina; Marcelo Fabiano Rodrigues Pereira

doi:10.20873/uft.rbec.e10323

Autores/as

Mônica Castagna Molina Universidade de Brasília - UnB
Marcelo Fabiano Rodrigues Pereira Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e10323

Resumen

RESUMEN. El texto trae reflexiones sobre los aportes teórico-epistemológicos de la Educación de Campo a la docencia universitaria. Objetiva discutir las interrelaciones didácticas y posibles avances en el constructo de la Educación de campo para la formación de Maestros y Doctores en Educación, a partir de experiencias de la pasantía docente realizada en la Licenciatura en Educación de campo de la Universidad de Brasilia-UnB, presentando prácticas pedagógicas de resistência a la propuesta hegemónica de Educación Superior, que limita la conciencia de los estudiantes en este nivel educativo. La metodología abarcó una encuesta en la Biblioteca Digital Brasileña de Tesis y Disertaciones, a través de la búsqueda de los términos Pasantía Docente y Posgrado stricto sensu. Se identifico dieciséis trabajos (tres tesis y trece disertaciones) compreendendo el período de 2000 hasta 2019, que abordan el tema, de los cuales se analizaron títulos, resúmenes y consideraciones finales. También presenta una reflexión sobre las experiencias de Pasantía Docente, materializadas por la Línea de Investigación en Educación Ambiental y Educación de campo, entre 2016-2019, cuya intención fue resignificar los procesos de formación en este componente curricular. El análisis reveló las posibilidades de una actuación pedagógica comprometida con el principio de praxis transformadora o de resistencia.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Mônica Castagna Molina, Universidade de Brasília - UnB

Doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela UnB (2003) e Pós-Doutorado em Educação pela UniCamp (2013). Professora Associada da Universidade de Brasília (UnB), da Licenciatura em Educação do Campo e do Programa de Pós-Graduação em Educação, onde coordena a Linha de Pesquisa Educação Ambiental e Educação do Campo, desde 2013. Coordenou o PRONERA e o Programa Residência Agrária. Participou da I Pesquisa Nacional da Reforma Agrária (I PNERA) em 2003-2004, e Coordenou a II Pesquisa Nacional da Reforma Agrária (II PNERA), financiada pelo IPEA, em 2013-2015. Coordenou a Pesquisa CAPES/CUBA, no período de 2010-2014. Coordenou a Pesquisa "A educação Superior no Brasil (2000-2006): Uma Análise Interdisciplinar das Políticas para o Desenvolvimento do Campo Brasileiro", financiada pelo Observatório de Educação da Capes. Integra a pesquisa Formação Docente e a Expansão do Ensino Superior, na coordenação do Sub 07: Educação Superior do Campo pelo Projeto Observatório da Educação do Campo da CAPES. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Sociologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação do Campo, Formação de Educadores, Políticas Públicas, Reforma Agrária, Desenvolvimento Sustentável.

Marcelo Fabiano Rodrigues Pereira, Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal

Doutor em Educação pela Universidade de Brasília e Mestre em Educação (UNB). Especialista em Educação, Democracia e Gestão Escolar (UNITINS). Especialista em Psicopedagogia Institucional pela Universidade Cândido Mendes. Licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Docente da Educação Básica na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. É professor adjunto do Centro Universitário Estácio de Brasília, lecionando disciplinas como: Práticas Pedagógicas; Metodologia e Práticas de Ensino; Pesquisa e Prática em Educação; Metodologia científica e Estágio Supervisionado, dentre outras disciplinas na área da formação de professores. Integra a pesquisa Formação Docente e a Expansão do Ensino Superior como membro do Subprojeto 07 que discute a Educação Superior do Campo pelo Projeto Observatório da Educação do Campo da CAPES. Desenvolve pesquisas no âmbito da Formação de Professores; Interdisciplinaridade; Educação do Campo e Organização do Trabalho Pedagógico.

Citas

Alves, M. F., & Oliveira, J. F. (2014). Pós-Graduação no Brasil: do Regime Militar aos dias atuais. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, 30, 351-378.

Anselmo, K. B., & Lima, M. S. L. (2017). Estágio de docência: possibilidade para formação contínua. In: VEIGA, I. P. A. et al. (Orgs.). Docência, currículo e avaliação: territórios referenciais para a formação docente (pp. 79-92). Curitiba: CRV.

Arroyo, M. G. (2007). Indagações sobre currículo: educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica.

Azevedo, M. L. N., Silva-Júnior, J. R., & Catani, A. M. (2015). A internacionalização da educação superior em diálogos: circulação de ideias, bem público e imperialismo cultural. In Silva-Júnior, J. R. et al. (Orgs.). Educação Superior: internacionalização, mercantilização e repercussões em um campo de disputa (pp. 49-67). Belo Horizonte: Fino Traço.

Caldart, R. S. (2015a). Sobre a especificidade da Educação do Campo e os desafios do momento atual. Porto Alegre: Mimeo.

Caldart, R. S. (2015b). Pedagogia do movimento e complexos de estudo. In Sapelli, M., & Freitas, L. C. ______. Caminhos para a transformação da escola 3: organização do trabalho pedagógico nas escolas do campo: ensaios sobre complexo de estudo (pp. 19-66). São Paulo: Expressão Popular.

Caldart, R. S. (no prelo). Educação do Campo 20 anos: um balanço da construção político-formativa. In Guedes, C. G. et al. (Orgs.). Memória dos 20 anos da Educação do Campo e do PRONERA (pp. 100-112). Brasília: Universidade de Brasília; Cidade Gráfica.

CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Portaria nº 76, de 14 de abril de 2010. Aprova o novo Regulamento do Programa de Demanda Social constante do Anexo. Diário Oficial da União, 19.4.2010, seção 1, p. 31-32, Brasília, 2010. Recuperado de: http://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Portaria_076_RegulamentoDS.pdf.

Cunha, M. I. (2004). Diferentes olhares sobre as práticas pedagógicas no ensino superior: a docência e sua formação. Educação, 54(3), 525-536.

Curado Silva, K. A. P. C. (2012). Políticas públicas na formação de professores e a relação teoria e prática: um debate com Gramsci. In Cunha, C., Sousa, J. V., & Silva, M. A. (Orgs.). Avaliação de políticas públicas de educação (pp. 261-284). Brasília: FE/UnB; Liber Livro.

Curado Silva, K. A. P. C. (2008). Professores com formação stricto sensu e o desenvolvimento da pesquisa na educação básica da rede pública de Goiânia: realidade, entraves e possibilidades (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

Dias Sobrinho, J. (2013). Educação superior: bem público, equidade e democratização. Avaliação - Revista da Avaliação da Educação Superior (UNICAMP), 18, 107-126. https://doi.org/10.1590/S1414-40772013000100007

Duarte, N. (2006). A pesquisa e a formação de intelectuais críticos na pós-graduação em educação. Perspectiva, 24(1), 89-110.

Ferreira, M. J. L. (2015). Docência na Educação do Campo e formação de educadores: qual o lugar do trabalho coletivo? (Tese de Doutorado). Universidade de Brasília, Brasília.

Freitas, H. C. L. (2002). Formação de professores no Brasil: 10 anos de embate entre projetos de formação. Educação e Sociedade, 23(80), 136-167. https://doi.org/10.1590/S0101-73302002008000009

Freitas, L. C. (1995). Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas: Papirus.

Freitas, L. C. (2011). Neotecnicismo e formação do educador. In Alves, N. (Org.). Formação de professores: pensar e fazer (pp. 95-108). São Paulo: Cortez.

Freitas, L. C. (2018). Escolas aprisionadas em uma democracia aprisionada: anotações para uma resistência propositiva. Revista HISTEDBR [on-line], 18(4), 906-926. https://doi.org/10.20396/rho.v18i4.8654333

Frigotto, G. (2016). As novas e velhas faces da crise do capital e o labirinto dos referenciais teóricos. In ______, & Ciavatta, M. (Org.). Teoria da educação no labirinto do capital (pp. 45-86). São Paulo: Expressão Popular.

Kosik, K. (1989). Dialética do concreto. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Lima, M. F., & Zanlorense, M. J. (2014). O estado da arte em docência universitária. Olhar de Professor, 17(2), 191-201. https://doi.org/10.5212/OlharProfr.v.17i2.0005

Mancebo, D. (2015). Políticas de educação superior no Brasil. In Silva-Júnior, J. R. et al. (Orgs.). Educação superior: internacionalização, mercantilização e repercussões em um campo de disputa (pp. 141-161). Belo Horizonte: Fino Traço.

Mancebo, D. (2019). Políticas, gestão e direito à Educação Superior: novos modos de regulação e tendências em construção. In Molina, M. C., & Hage, S. M. (Orgs.). Licenciaturas em Educação do Campo: resultados da pesquisa sobre os riscos e potencialidades de sua expansão (pp. 28-43). Florianópolis: LANTEC /CED/UFSC.

Martins, L. M. (2006). As aparências enganam: divergências entre o materialismo histórico dialético e as abordagens qualitativas em pesquisa. In 29º Reunião Anual da ANPED - Educação, Cultura e Conhecimento: desafios e compromissos (pp. 1-17).

Marx, K. (2002). O capital: crítica da economia política. Livro 1. Volume 2. Tradução de Reginaldo Sant’Anna. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Molina, M. C., & Sá, L. M. (2011). A Licenciatura em Educação do Campo da Universidade de Brasília: estratégias político-pedagógicas na formação de educadores do campo. In ______, & ______. (Orgs.). Licenciatura em Educação do Campo: registros e reflexões a partir das experiências-piloto (pp. 35-61). Belo Horizonte: Autêntica.

Molina, M. C., Antunes-Rocha, M. I., & Martins, M. F. A. (2019). A produção do conhecimento na Licenciatura em Educação do Campo: desafios e possibilidades para o fortalecimento da educação do campo. Revista Brasileira de Educação, 24. https://doi.org/10.1590/s1413-24782019240051

Molina, M. C. (Orgs.). (2019). Licenciaturas em Educação do Campo: resultados da pesquisa sobre os riscos e potencialidades de sua expansão. Florianópolis: LANTEC/CED/UFSC, v. 1.

Molina, M. C. (2014). Análises de práticas contra-hegemônicas na formação de educadores: reflexões a partir do curso de Licenciatura em Educação do Campo. In Cunha, C., Sousa, J. V., & Silva, M. A. (Orgs.). O método dialético na pesquisa em educação (pp. 263-290). Campinas/SP: Autores Associados; Brasília: FE/UnB.

Molina, M. C. (2015). Política de formação de educadores do campo no contexto da expansão da educação superior. Revista Educação em Questão, 51(37), 121-146. https://doi.org/10.21680/1981-1802.2015v51n37ID7174

Molina, M. C. (2017). Contribuições das Licenciaturas em Educação do Campo para as políticas de formação de educadores. Educação & Sociedade, 38(140), 587-609. https://doi.org/10.1590/es0101-73302017181170

Molina, M. C., & Brito, M. M. B. (2017). Epistemologia da Práxis: referência no processo de formação inicial e continuada de formadores na Educação do Campo. In______et al. (Orgs.). Licenciaturas em Educação do Campo e o ensino de ciências naturais: desafios à promoção do trabalho docente interdisciplinar - Volume II (pp. 337-374). Brasília: Ed. Universidade de Brasília.

Molina, M. C., Masson, G., & Hage, S. M. (2019). Apresentação. In ______, & Hage, S. M. (Orgs.) Licenciaturas em Educação do Campo: resultados da pesquisa sobre os riscos e potencialidades de sua expansão (pp. 14-22). Florianópolis: LANTEC/CED/UFSC.

Molina, M. C., & Hage, S. M. (2016). Riscos e potencialidades na expansão dos cursos de Licenciatura em Educação do Campo. RBPAE, 32(3), 805-828. https://doi.org/10.21573/vol32n32016.68577

Moraes, M. C. M. (Org.). (2003). Iluminismo às avessas: produção de conhecimento e políticas de formação docente (pp. 151-169). Rio de Janeiro: DP&A.

Noronha, O. M. (2010). Epistemologia, formação de professores e práxis educativa transformadora. Quaestio - Revista de Estudos em Educação, 12(1), 5-24.

Noronha, O. M. (2017). Notas teórico-metodológicas sobre as relações entre vivência e práxis: contribuição à análise de uma prática pedagógica. Argumentos Pró-Educação, 2(6), 5-16.

Oliveira, J. F. (2015). A Pós-Graduação e a pesquisa no Brasil: processos de regulação e de reconfiguração da formação e da produção do trabalho acadêmico. Práxis Educativa (Impresso), 10, 343-363. https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.10i2.0004

Pistrak, M. M. (2009). A escola comuna. São Paulo: Expressão Popular.

Ribeiro, M. (2012). Educação Rural. In Caldart, R. S. et al. (Orgs.). Dicionário da Educação do Campo (pp. 293-299). Rio de Janeiro: Expressão Popular.

Roldão. M. C. (2007). Função docente: natureza e construção do conhecimento profissional. Revista Brasileira de Educação, 12(34), 94-103. https://doi.org/10.1590/S1413-24782007000100008

Silva Júnior, J. R., & Sguissardi, V. (2013). Universidade Pública Brasileira no Século XXI: educação superior orientada para o mercado e intensificação do trabalho docente. Espacios en Blanco – Revista de Educación, 23, 119-156.

Thiollent, M. (2011). Metodologia da pesquisa-Ação. 18. ed. São Paulo: Cortez.

Vázquez, A. S. (2011). Filosofia da práxis. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Wanderley, M. N. B. (2001). A ruralidade no Brasil moderno: por um pacto social pelo desenvolvimento rural. In Giarracca, N. (Org.). Una nueva ruralidad en América Latina? (pp. 31-44). Buenos Aires: Clasco.