Teatro do Oprimido como método para a práxis da Psicologia Social Comunitária e Educação Popular no meio rural

Thelma Maria Grisi Velôso; Marcos Pablo  Martins Almeida; Arthur Marcell  Campos Arruda; Lisa Martha  Silva David; Mateus Rafael  Uchôa Dantas; Sarah Lavínia Pereira de Morais

doi:10.20873/uft.rbec.e11957

Autores/as

Thelma Maria Grisi Velôso Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Marcos Pablo Martins Almeida UNIESP - Centro Universitário https://orcid.org/0000-0002-5747-8609
Arthur Marcell Campos Arruda Universidade Estadual da Paraíba - UEPB https://orcid.org/0000-0003-1461-9974
Lisa Martha Silva David Universidade Estadual da Paraíba - UEPB https://orcid.org/0000-0002-2284-1842
Mateus Rafael Uchôa Dantas Universidade Estadual da Paraíba - UEPB https://orcid.org/0000-0002-2395-8081
Sarah Lavínia Pereira de Morais Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e11957

Palabras clave:

Teatro del Oprimido. Psicología Social Comunitaria. Educación Popular. Asentamiento rural

Resumen

RESUMEN. Este artículo tiene como objetivo reflexionar sobre las contribuciones del método Teatro del Oprimido desde una experiencia universitaria en un asentamiento rural ubicado en el municipio de Campina Grande (Paraíba/Brasil). Esta experiencia fue basada en la Psicología Social Comunitaria y en la Educación Popular, orientada para un trabajo con el cuerpo y la afectividad, con el objetivo de estimular espacios de escucha y problematizar la realidad, fomentando la autonomía y el protagonismo social. Los talleres psicopedagógicos con un grupo de niños y un grupo de adolescentes fue un de los instrumentos metodológicos utilizados. Los talleres buscaban estimular el gusto por la lectura, la creatividad, la reflexión crítica y la autonomía con la utilización de estrategias sociales y de lectura, juegos recreativos y variados lenguajes artísticos, como el método Teatro del Oprimido. Ese método también fue utilizado a través de la presentación de escenas para la comunidad, que fue construida conforme la técnica de teatro foro con base en informaciones obtenidas en el asentamiento. A partir del relato de tres talleres y de la experiencia del teatro foro, se constató que el Teatro del Oprimido está en línea con las perspectivas teóricas adoptadas y contribuye al desarrollo de actitudes más participativas, críticas y solidarias que favorezcan los cambios sociales.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Thelma Maria Grisi Velôso, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Tem graduação em Psicologia e Mestrado em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e Doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP - Campus de Araraquara/São Paulo); é professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Saúde e do Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); faz parte da Rede Latino-americana de Psicologia Rural.

Marcos Pablo Martins Almeida, UNIESP - Centro Universitário

Professor do Curso de Psicologia do UNIESP; graduado em Psicologia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); Mestre e Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); multiplicador de Teatro do Oprimido; atua na clínica, na perspectiva da Gestalt-Terapia; é interessado nos estudos sobre identidade, práticas pedagógicas em Psicologia e sobre Teatro do Oprimido como intervenção psicossocial.

Arthur Marcell Campos Arruda, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Graduando em Psicologia na UEPB; é bolsista CNPq do Programa de Iniciação Científica/UEPB do projeto intitulado ‘A Contrarreforma Psiquiátrica no Brasil: argumentos em defesa da Nova Política Nacional de Saúde Mental’; foi monitor bolsista do componente curricular Psicologia do Desenvolvimento Humano I e participou, como voluntário, do projeto de extensão ‘Psicologia e Educação Popular no meio rural’.

Lisa Martha Silva David, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Graduanda em Psicologia na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); participou, como extensionista voluntária, do projeto ‘Psicologia e Educação Popular no Meio Rural’; é bolsista CNPq do Programa de Iniciação Científica/UEPB na área da Saúde.

Mateus Rafael Uchôa Dantas, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Graduando em Psicologia na Universidade Estadual da Paraíba; participou, como extensionista voluntário, do projeto ‘Psicologia e Educação Popular no Meio Rural’.

Sarah Lavínia Pereira de Morais, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Graduanda em Psicologia na Universidade Estadual da Paraíba; participou, como extensionista voluntária, do projeto ‘Psicologia e Educação Popular no Meio Rural’; foi bolsista CNPq do Programa de Iniciação Científica/UEPB na área de Saúde Coletiva; foi monitora bolsista do componente curricular Psicologia da Saúde e realiza estágio com ênfase em Saúde, Políticas Públicas e Qualidade de Vida.

Citas

Allessandrini, C. D. (1996). Oficina criativa e psicopedagogia. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Almeida, N. F., & Gonçalves, C. H. P. (2011). Leitura dramatizada: um olhar literário. Revista Transdisciplinar de Letras, Educação e Cultura, 2(3), 01-08. Recuperado de: http://www.interletras.com.br/ed_anteriores/n13/index.html

Angnes, J. S., & Ichikawa, E. Y. (2019). Feira agroecológica de Francisco Beltrão (Paraná): um projeto de participação sob o enfoque da Psicologia Social Comunitária na perspectiva latino-americana? Revista Organizações & Sociedade, 26(91), 665-690. https://doi.org/10.1590/1984-9260913

Barbosa, I., & Ferreira, F. I. (2017). Teatro do Oprimido e projeto emancipatório: mutações, fragilidades e combates. Sociedade e Estado, 32(2), 439-463. https://doi.org/10.1590/s0102-69922017.3202008

Boal, A. (1996) O arco-íris do desejo: método Boal de teatro e terapia. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.

Boal, A. (2005). Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro, RJ: Editora Civilização Brasileira.

Boal, A. (2009). A estética do Oprimido. Rio de Janeiro, RJ: Editora Garamond.

Boal, A. (2015). Jogos para atores e não atores. São Paulo, SP: Cosac Naify.

Brandão, I. (1999). As bases epistemológicas da Psicologia Comunitária. In Brandão, I., & Bonfim, Z. (Orgs.). Os Jardins da Psicologia Comunitária (pp. 31-48). Fortaleza, CE: ABRAPSO.

Campos, F. N., Panúncio-Pinto, M. P., & Saeki, T. (2014). Teatro do oprimido: um teatro das emergências sociais e do conhecimento coletivo. Psicologia & Sociedade, 26(3), 552-561. https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000300004

Campos, R. H. F. (2015). A psicologia social comunitária. In Campos, R. H. de F. (Org.). Psicologia Social Comunitária: da solidariedade à autonomia (pp. 09-14). Petrópolis, RJ: Vozes.

Correia, M. C. (2009). A observação participante enquanto técnica de investigação. Pensar Enfermagem, 13(2), 30-36. Recuperado de: https://proceedings.ciaiq.org/index.php/ciaiq2017/article/view/1447

Fernandes, A. M. D., & Joca, E. C. (2011). O 18 de maio como espaço de investigação e formação. Psicologia & Sociedade, 23(spe), 170-176. https://doi.org/10.1590/S0102-71822011000400020

Freire, P. (2007). Pacientes impacientes. In Brasil. Cadernos de Educação Popular e Saúde (pp. 32-45). Brasília, DF: Ministério da Saúde.

Freitas. M. F. Q. (2007). Educação de jovens e adultos, educação popular e processos de conscientização: intersecções na vida cotidiana. Educar, 29, 47-62. https://doi.org/10.1590/S0104-40602007000100005

Freitas, M. F. Q. (2014). A pesquisa participante e a intervenção comunitária no cotidiano do Pibid/CAPES. Educar em Revista, 53, 149-167. https://doi.org/10.1590/0104-4060.36587

Gazzinelli, M. F., Souza, V., Lobato, L. H. A., Costa, R. M., Soares, A. N., & Costa Maia, C. P. (2012). Teatro na educação de crianças e adolescentes participantes de ensaio clínico. Revista Saúde Pública, 46(6), 999-1006. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000600009

Góis, C. W. (2008). Saúde Comunitária: pensar e fazer. São Paulo, SP: Aderaldo & Rothschild Editores.

Gonçalves, F. C. L., & Dal-Farra, R. A. (2018). A educação libertadora de Paulo Freire e o teatro na educação em saúde: experiências em uma escola pública no Brasil. Pro-Posições, 3(29), 401–422. https://doi.org/10.1590/1980-6248-2015-0159

Joca, E. C., & Linhares, A. M. B (2016). O teatro do oprimido na saúde mental: “Isso é mais lombreiro que o uso da droga?!”. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, 8(18), 157-169.

Joca, E. C., Nobre, M. T., & Silva, M. R. F. (2019). Poéticas do Teatro do Oprimido na Saúde Mental. Estudos de Psicologia, 24, 414-425. https://doi.org/10.22491/1678-4669.20190041

Lane, S. T. M. (2015). Histórico e fundamentos da Psicologia Comunitária no Brasil. In Campos, R. H. F. (Org.). Psicologia Comunitária: da solidariedade à autonomia (pp. 17-34). Petrópolis, RJ: Vozes.

Marques, S. (2011). Sistematização da metodologia de exploração do acervo. João Pessoa, PB: Mimeografado.

Mendéz, R. (Diretor). (2015). Alike [Filme]. Espanha: Lafiesta Producciones Cinematograficas S.A.

Miura, P. O., & Sawaia, B. B. (2013). Tornar-se catador: sofrimento ético-político e potência de ação. Psicologia & Sociedade, 25(2), 331-341. https://doi.org/10.1590/S0102-71822013000200010

Nascimento, M. V. N., & Oliveira, I. F. (2017). Práticas integrativas e complementares grupais e o diálogo com a educação popular. Psicologia em Pesquisa, 11(2), 89-97. https://doi.org/10.24879/2017001100200190

Netto, C. A. F., & Oliveira, T. (2019). Por uma educação antirracista: teatro do oprimido, letramento étnico-racial e a transformação social de meninas negras. Travessias, 13(3), 72-89. Recuperado de: http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/23609

Oliveira, E. C. S. (2014). “Eu também sei atirar”!: Reflexões sobre a violência contra as mulheres e metodologias estético-políticas. Psicologia: Ciência e Profissão, 34(3), 555-573. https://doi.org/10.1590/1982-3703000722013

Oliveira, E. C. S., & Araújo, M. F (2014). O Teatro Fórum como dispositivo de discussão da violência contra a mulher. Estudos de Psicologia, 31(2), 257-267. https://doi.org/10.1590/0103-166X2014000200011

Oliveira, F. P., Ximenes, V. M., Coelho, J. P. L., & Silva, K. S. (2008). Psicologia Comunitária e Educação Libertadora. Psicologia: Teoria e Prática, 10(2), 147-161. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872008000200012

Oliveira, R. L., & Oliveira, C. P. (2019). O teatro do oprimido como possibilidade de subjetivação política nas juventudes: um relato de experiência. Cadernos de Psicologia, 1(2), 601-622. Recuperado de: https://seer.cesjf.br/index.php/cadernospsicologia/article/view/2511/1644

Paro, C. A., & Silva, N. E. K. (2018). Teatro do Oprimido e promoção da saúde: tecendo diálogos. Trabalho, Educação e Saúde, 16(2), 471-493. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00110

Quintal, M. F. (2016). Desafios atuais e antigas sutilezas nas práticas de psicologia social comunitária. Psicología, Conocimiento y Sociedad, 6(1), 131-163. Recuperado de: http://www.scielo.edu.uy/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1688-70262016000100007&lng=es&tlng=pt

Ribeiro, C. J. (2010). Problematizando o instrumento visita domiciliar. Sociedade em Debate, 16(1), 209-221. Recuperado de: https://revistas.ucpel.edu.br/rsd/article/view/346

Santiago, L. E. (2000). Teatro de la vida: teoria, método y practica. PRHSJ, 19(1), 77-82. Recuperado de: http://prhsj.rcm.upr.edu/index.php/prhsj/article/view/1176/789

Santos, E. S., Joca, E. C., & Souza, A. M. A. (2016). Teatro do oprimido em saúde mental: participação social com arte. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 20(58), 637-647. https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0469

Sawaia, B. (2014). O sofrimento ético político como categoria de análise da dialética exclusão/inclusão. In Sawaia, B. (Org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social (pp. 99-119). Petrópolis, RJ: Vozes.

Silva, D. L., Palha Júnior, A. P., & Feitosa, M. Z. S. (2019). Juventude indígena e suicídio: diálogos transdisciplinares, campos de possibilidades e superação de vulnerabilidades. Revista Psicologia Política, 19(46), 556-569. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2019000300013&lng=pt&nrm=iso

Silveira, E. (2009). A arte do encontro: a Educação Estética Ambiental atuando com o Teatro do Oprimido. Educação em Revista, 25(3), 369-394. https://doi.org/10.1590/S0102-46982009000300018

Spradley, J. P. (1980). Participant Observation. Orlando, FL: Harcourt Brace Jovanovich College Publishers.

Svartman, B. P., & Galeão-Silva, L. G. (2016). Comunidade e resistência à humilhação social: desafios para a Psicologia Social Comunitária. Revista Colombiana de Psicologia, 25(2), 331-349. https://doi.org/10.15446/rcp.v25n2.51980

Telo, A. (2008). O Grande livro dos Mistérios. Rio de Janeiro, RJ: Leitura.

Whyte, W. F. (2005). Sociedade de esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Tradução de Maria Lucia de Oliveira, Rio de Janeiro, RJ: Jorge ZAHAR.

Ximenes, V. M., Lemos. E. C., Silva, A. M. S., Abreu, M. K. A., Esmeraldo Filho, C. E., & Gomes, L. M. (2017). Saúde Comunitária e Psicologia Comunitária: suas contribuições às metodologias participativas. Psicologia em Pesquisa, 11(2), 4-13. https://doi.org/10.24879/2017001100200161