ESPAÇOS NÃO FORMAIS AMAZÔNICOS COMO ORGANIZADORES PRÉVIOS DA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CIÊNCIAS
Palavras-chave:
Espaços não formais, Organizadores prévios, Ensino de CiênciasResumo
O Ensino de Ciências, em espaços não formais, abre possibilidades para a articulação entre os saberes locais e saberes científicos com vistas a uma aprendizagem significativa. Neste artigo apresenta-se resultados de uma pesquisa de cunho qualitativo com o objetivo de analisar, na perspectiva da aprendizagem significativa, como saberes locais podem se tornar organizadores prévios da aprendizagem de conteúdos científicos, nos anos finais do Ensino Fundamental. Os dados foram obtidos por meio de observações sistemática e participante e de pesquisa bibliográfica, e foram analisados por meio de uma triangulação. Epistemologicamente, buscou-se fundamentos na Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) a partir de Ausubel (2003) e Moreira (2016), e em aportes teóricos da pesquisa da área de Ensino de Ciências, particularmente, de espaços não formais tais como: Terán e Santos (2014), Chassot (2018), Ghedin (2012). Os resultados obtidos indicam que os espaços não formais existentes no entorno da escola, podem se tornar organizadores prévios da aprendizagem de conteúdos de Ciências Naturais, promovendo interação entre os conhecimentos prévios dos estudantes para, de maneira mais eficiente, dialogar com os conhecimentos científicos. Decorrente dos resultados, com o intuito de contribuir com o Ensino de Ciências em contextos amazônicos, indica-se possibilidades de diálogos entre os conhecimentos locais, de estudantes de 6º e 7º anos, com conteúdos da disciplina Ciências Naturais em consonância com Base Comum Curricular (BNCC) e o Referencial Amazonense (RCA).
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