Territórios e Identidades: o percurso formativo dos licenciandos em Ciências da Vida e da Natureza na Educação do Campo

Matheus de Castro Silva; Penha Souza Silva

doi:10.70860/ufnt.rbec.e18670

Authors

Matheus de Castro Silva Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG https://orcid.org/0000-0003-4256-6320
Penha Souza Silva Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

DOI:

https://doi.org/10.70860/ufnt.rbec.e18670

Keywords:

identidade campesina, licenciatura, ATD, tempo escola, tempo comunidade

Abstract

ABSTRACT. Undergraduates in Rural Education at the Universidade Federal de Minas Gerais have a path permeated by various teacher training activities, inside and outside the university, due to the curricular proposals aligned with the pedagogy of alternation. Among the various activities carried out by students throughout the course, one of them is writing a memorial that begins in the first period of the course and is only completed in the last. Based on the analysis of ten of these productions, this article aims to identify students' perceptions in these different spaces and times. Then, a metatext was constructed based on Discursive Textual Analysis (ATD), noticing not only the organization of the course based on the rural context, but also the construction of the students' identity based on the activities developed in School Time and Community Time. This work helped understand the university training process as a resumption or construction of the peasant identity, which was spatially, discursively and symbolically distanced from the undergraduates based on their experiences in different territories and the importance of memorials as a pedagogical instrument, being able to point out practices and activities based on the students' perceptions.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Matheus de Castro Silva, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

.

Penha Souza Silva, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

.

References

Antunes-Rocha, M. I., & Martins, M. F. A. (2011). Diálogo entre teoria e prática na Educação do Campo: Tempo Escola/Tempo Comunidade e alternância como princípio metodológico para organização dos tempos e espaços no curso de Licenciatura em Educação do Campo. In Molina, M. C., & Sá, L. M. (Org.). Licenciaturas em Educação do Campo: registros e reflexões a partir das experiências-piloto (UFMG; UnB; UFBA e UFS) (pp. 213-228). Autêntica Editora.

Antunes-Rocha, M. I., & Martins, M. F. A. (2012). Tempo Escola e Tempo Comunidade: Territórios Educativos na Educação do Campo. In: Antunes-Rocha, M. I., Martins, M. F. A., & Martins, A. A. (Org.). Territórios Educativos na Educação do Campo: Escola, Comunidade e Movimentos Sociais (pp. 21-33). Autêntica Editora.

Araujo, R. M. L., & Silva, L. T. (2023). A formação por alternância: uma proposta em movimento e em disputa. Educação & Sociedade, 44(e267799), 1-19. https://doi.org/10.1590/ES.267799.

Assunção, A. S. (2020). A prática da Educação do Campo e os paradigmas agrários na Geografia. Revista Brasileira de Educação do Campo, 5(e6698), 1-29. https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e6698.

Belo, M. S. S. P., & Jesus, L. F. (2015). A construção da identidade pedagógica na Educação do Campo. Olhar de professor, 18(2), 221-235. https://doi.org/10.5212/OlharProfr.v.18i2.0004.

Bogo, A. (2012). Mística. In Caldart, R. S., Pereira, I. B., Alentejano, P., & Frigotto, G. (orgs.). Dicionário da Educação do Campo (pp. 473-477). Expressão Popular.

Britto, N. S. (2011). Formação de professores e professoras em Educação do Campo por área de conhecimento – Ciências da Natureza e Matemática. In Molina, M. C., & Sá, L. M. (Org.). Licenciaturas em Educação do Campo: registros e reflexões a partir das experiências-piloto (UFMG; UnB; UFBA e UFS) (pp. 165-178). Autêntica Editora.

Camacho, R. S. (2017). A Educação do Campo em disputa: resistência versus subalternidade ao capital. Educação & Sociedade, 38(140), 649-670. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302017177792.

Correia, D. M. N., & Batista, M. S. X. (2012). Alternância no Ensino Superior: o Campo e a Universidade como territórios de formação de Educadores do Campo. In: Antunes-Rocha, M. I., Martins, M. F. A., & Martins, A. A. (Org.). Territórios Educativos na Educação do Campo: Escola, Comunidade e Movimentos Sociais (pp. 173-197). Autêntica Editora.

Costa, K., & Gregório, S. R. (2021). Relato de uma vivência na Escola Família Agrícola Nova Esperança no município de Taiobeiras/MG. Trabalho & Educação, 30(1), 131-144. https://doi.org/10.35699/2238-037X.2021.25315.

Cunha, M. C., Jesus, M. L. B., & Portela, R. L. (2017). A escrita de professoras nos memoriais de formação. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, 2(5), 483-500. https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2017.v2.n5.p483-500.

Decreto nº 7.352 de 4 de novembro de 2010. (2010, 4 de novembro). Dispõe sobre a política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA. Recuperado de: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7352.htm.

Felício, M. J. (2010). O território imaterial do campesinato. Campo-Território: Revista de Geografia Agrária, 5(9), 18-32. https://doi.org/10.14393/RCT5911963.

Fernandes, B. M. (2008). Sobre a tipologia de territórios. In Saquet, M. A., & Sposito, E. S. (Org.). Territórios e territorialidades: teorias, processos e conflitos (pp. 197-215). Expressão Popular.

Fernandes, I. L. C. (2012). Educação do Campo: a trajetória de um projeto de mudanças para os povos do campo. Revista de Educação Popular, 11(2), 58-69. https://doi.org/10.14393/REP-2012-20299.

French, S. (2009). Ciência: conceitos-chave em Filosofia. Artmed.

Galiazzi, M. C., & Sousa, R. S. (2022). Análise Textual Discursiva: uma Ampliação de Horizontes. Editora Unijuí.

Iza, D. F. V., Benites, L. C., Sanches Neto, L., Cyrino, M., Ananias, E. V., Arnosti, R. P., & Souza Neto, S. (2014). Identidade docente: as várias faces da constituição do ser professor. Revista Eletrônica de Educação, 8(2), 273-292. https://doi.org/10.14244/19827199978.

Libâneo, J. C. (2021). Organização e gestão da escola: teoria e prática. Heccus Editora.

Lima, M. E. C. C., Paula, H. F., & Santos, M. B. L. (2015). Ciências da vida e da natureza no curso de Licenciatura em Educação do Campo – UFMG. In Antunes-Rocha, M. I., & Martins, A. A. (Org.). Educação do Campo: desafios para a formação de professores (pp. 107-118). Autêntica Editora.

Martins, A., Daros, D., Rolo, M., Cerioli, P. R., & Caldart, R. S. (2015). Seminário sobre o Ensino de Ciências da Natureza nas Escolas do Campo. In Caldart, R.S., Stedile, M. E., & Daros, D. (Org.). Caminhos para a transformação da Escola 2: Agricultura camponesa, educação politécnica e escolas do campo (pp. 73-112). Expressão Popular.

Molina, M. C. (2017). Contribuições das licenciaturas em Educação do Campo para as políticas de formação de educadores. Educação & Sociedade, 38(140), 587-609. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302017181170.

Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2006). Análise Textual Discursiva: processo reconstrutivo de múltiplas fases. Ciência & Educação, 12(1), 117-128.

Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2016). Análise Textual Discursiva (3ª ed.). Editora Unijuí.

Moraes, R. (2021). Avalanches reconstrutivas: movimentos dialéticos e hermenêuticos de transformação no envolvimento com a análise textual discursiva. In Galiazzi, M. C., Ramos, M. G., Moraes, R. (Org.). Aprendentes do Aprender: um exercício de Análise Textual Discursiva (pp. 87-101). Editora Unijuí.

Rosa, M. C. (2023). Sustentabilidade e escola: relações entre unidades de conservação e o ensino de Ciências e Biologia (Tese de Doutorado). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Paraná.

Rossato, G., & Praxedes, W. (2015). Fundamentos da educação do campo: história, legislação, identidades camponesas e pedagogia. Edições Loyola.

Sant’Anna, P. A., & Marques, L. O. C. (2015). Pibid Diversidade e a Formação de Educadores do Campo. Educação & Realidade, 40(3), 725-744. https://doi.org/10.1590/2175-623645795.

Silva, A. R., & Marcelino, V. S. (2022). A análise Textual Discursiva enquanto um cenário viável para as pesquisas qualitativas na área da Educação. Revista Intersaberes, 12(40), 114-130. https://doi.org/10.22169/revint.v17i40.2277.

Taffarel, C. Z., Colavolpe, C. R., & Moradillo, E. F. (2011). Licenciatura em Educação do Campo: Integração das disciplinas Pesquisa e Prática Pedagógica II, Estágio Curricular e Programa de Bolsa de Incentivo à Docência. In Molina, M. C., & Sá, L. M. (Org.). Licenciaturas em Educação do Campo: registros e reflexões a partir das experiências-piloto (UFMG; UnB; UFBA e UFS) (pp. 229-251). Autêntica Editora.

Teixeira, E. S., Bernartt, M. L., & Trindade, G. A. (2008). Estudos sobre Pedagogia da Alternância no Brasil: revisão de literatura e perspectivas para a pesquisa. Educação e Pesquisa, 34(2), 227-242. https://doi.org/10.1590/S1517-97022008000200002.

Vendramini, C. R. (2015). Qual o futuro das escolas no campo? Educação em Revista, 31(3), 49-69. https://doi.org/10.1590/0102-4698126111.