Formação de professores de uma escola do campo sul-mato-grossense: presenças/ausências de perspectivas inclusivas e interculturais

Luiz Henrique Poloni; Washington Cesar Shoiti Nozu; Andressa Santos Rebelo

doi:10.70860/ufnt.rbec.e19378

Auteurs-es

Luiz Henrique Poloni Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD https://orcid.org/0000-0002-5849-7078
Washington Cesar Shoiti Nozu Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD https://orcid.org/0000-0003-1942-0390
Andressa Santos Rebelo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS https://orcid.org/0000-0003-1873-5622

DOI :

https://doi.org/10.70860/ufnt.rbec.e19378

Résumé

ABSTRACT. In this text, the objective is to characterize the initial and continuing training of teachers at a school in the countryside of Mato Grosso do Sul, Brazil, with a view to identifying the presence/absence of inclusive and intercultural perspectives in their training paths. To this end, it is configured as a qualitative research, with a rural school located in a rural district of Mato Grosso do Sul, in the Região da Grande Dourados, as the research locus. The group of participants comprised eight teachers from the Initial Years of Elementary School. To produce data, a questionnaire with closed and open questions was used. The analyzes occurred through two axes defined a priori: one related to initial training and the other related to continuing training. The results indicated that all teachers have initial training at a higher education level and, among the eight, seven have continued training in specialization courses. In the training paths, themes related to inclusion were more present when compared to content related to interculturality. In view of the context investigated, we advocate the expansion of the debate on inclusive and intercultural education in the in-service training of rural school teachers, in order to contribute to concepts and practices that promote the articulation between the principles of equality and difference.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Luiz Henrique Poloni, Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD

Professor de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Dourados/MS no ano de 2021. Em formação, participou da Iniciação Científica no ano de 2018 e do Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores no ano de 2019 - ambos em iniciativa à pesquisa científica na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Neste período, integrou os grupos de pesquisa Educação Física escolar e Formação de Professores: saberes e dilemas da prática pedagógica; Praticas Educacionais na perspectiva do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) e Metodologias Ativas. Constituiu sua formação em Licenciatura em Educação Física pela UFGD no ano de 2021. Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGEdu - na linha de pesquisa Educação e Diversidade, sendo bolsista da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Integrante dos grupos de pesquisa: Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Inclusiva (GEPEI); GT - Pessoas com Deficiência nas Escolas Públicas do Campo; Rede Educação Especial dos Campo. Dentre as principais áreas de concentração em pesquisa estão: as Práticas Pedagógicas, a Educação do/no Campo, as Práticas inclusivas e interculturais, a Educação Inclusiva e a Educação Intercultural, Gênero e Sexualidade.

Washington Cesar Shoiti Nozu, Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD

Professor Adjunto da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado e Doutorado) e do Programa de Pós-Graduação em Fronteiras e Direitos Humanos (Mestrado) da UFGD. Doutor e Mestre em Educação pela UFGD. Especialista em Educação, Licenciado em Pedagogia e Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Realizou Estágio de Pós-Doutorado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campus do Pantanal, sob a supervisão da Profa. Dra. Mônica de Carvalho Magalhães Kassar. Realizou Estágio de Pesquisa (Licença Capacitação) na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), sob a supervisão da Profa. Dra. Kamila Lockmann. Pesquisador e Vice-Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Inclusiva (GEPEI/UFGD). Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE), no período 2024-2025. Foi Secretário da Diretoria da ABPEE, no período 2022-2023. Membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), na condição de Parecerista Ad Hoc do GT 15 - Educação Especial (2022-2023; 2024-2025). Coordenador do GT 15 - Educação Especial da ANPEd Centro-Oeste (2023-2024). Integra a Rede Educação Especial dos Campos. Foi Editor Associado da Revista Brasileira de Educação Especial (RBEE), no período 2018-2021. Foi Mediador do GT Pessoas com Deficiência em Escolas Públicas do Campo - Frente das Escolas do Campo, do Fórum Nacional de Educação do Campo (FONEC), de abril de 2021 a setembro de 2024. Foi Bolsista Pesquisador Ingressante da UFGD (2018-2019), na área de Ciências Humanas. Desenvolve estudos e pesquisas em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Interfaces Educação Especial e Educação do/no Campo; Direito, Política e Judicialização da Educação Especial; e Direitos Humanos e Educação Inclusiva.

Andressa Santos Rebelo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Possui doutorado em Educação, mestrado em Educação e graduação em Matemática-Licenciatura pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Realizou estágios de pós-doutorado na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Professora Associada do Campus do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Professora-orientadora no Programa de Pós-graduação em Educação da UFGD e no Programa de Pós-graduação em Educação da UFMS, Campus do Pantanal. Sócia da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE) e da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd). Editora associada da Revista Brasileira de Educação Especial (ISSN 1980-5470) e membro representante da região Centro-Oeste na Comissão Editorial da Revista Brasileira de Educação (ISSN 1809-449X). Membro representante do Centro-Oeste na Comissão de Ética em Pesquisa e Integridade da ANPEd (2024-2025). Titular do Comitê Científico do GT 15 (Educação Especial) da ANPEd (2023-2025). Líder do Grupo de Pesquisa Educação Especial e Inclusão (GEEIN/UFMS) e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Inclusiva (GEPEI/UFGD). Foi vice-coordenadora do GT 15 (Educação Especial) da ANPEd Nacional (2021-2023) e coordenadora do GT 15 (Educação Especial) da ANPEd Centro-Oeste (2020-2022). Tem experiência na área da Educação, com ênfase em políticas de Educação Especial e indicadores educacionais.

Références

Aguiar, M. A. S. (2010). Formação inicial. In Oliveira, D. A., Duarte, A. M. C., & Vieira, L. M. F. (Orgs.). DICIONÁRIO: trabalho, profissão e condição docente (pp. 1-4). Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação. CD-ROM.

Ainscow, M. (2009). Tornar a educação inclusiva: como esta tarefa deve ser conceituada? In Fávero, O., Ferreira, W., Ireland, T., & Barreiros, D. (Org.). Tornar a educação inclusiva (pp. 11-23). Brasília, DF: Unesco.

Akkari, A., & Santiago, M. (2024). Projetos interculturais na escola: reflexão e ação no coletivo. Lauro de Freitas, BA: Solisluna; São Paulo, SP: Selo Emília.

Alves, M. L. (2024). Educação em direitos humanos: concepções em uma escola do campo no estado de Mato Grosso do Sul (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados.

Arroyo, M. G. (2012). Formação de educadores do campo. In Caldart, R. S., Pereira, I. B., Alentejano, P., & Frigotto, G. (Orgs.). Dicionário da educação do campo (pp. 359-365). São Paulo: Expressão Popular.

Arroyo, M. G., Caldart, R., & Molina, M. C. (2011). Apresentação. In Arroyo, M. G., Caldart, R., & Molina, M. C. (Orgs.). Por uma educação do campo (pp. 7-18). Petrópolis, RJ: Vozes.

Caldart. R S. (2010). O MST e escola: Concepções de Educação e Matriz Formativa. In Caldart R. S., Fetzner, A. R, Rodrigues, R., & Freitas, L. C. (Orgs.). Caminhos para a transformação da escola: reflexões desde práticas da licenciatura em Educação do Campo (s./p.). São Paulo: Expressão Popular.

Candau, V. M. (2013). Multiculturalismos e educação: desafios para a prática pedagógica. In Moreira, A. F., & Candau, V. M (Org.). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas (pp. 13-36). Petrópolis, RJ. Vozes.

Decreto nº 7.352, de 04 de novembro de 2010. (2010). Dispõe sobre a Política de Educação do Campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA). Brasília, DF: Presidência da República.

Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. (2002). Brasília, DF: MEC/CNE/CEB.

Galvão, M. A. S. (2009). Educação rural na Amazônia: turmas multisseriadas na perspectiva da inclusão, no município de Manacapuru/AM (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Amazonas, Manaus.

Gatti, B. A., Barretto, E. S. S., André, M. E. D. A., & Almeida, P. A. C. (2019). Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília, DF: Unesco.

Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo, SP: Atlas.

Jesus, D. M., Barreto, M. A. S. C., & Gonçalves, A. F. S. (2011). A formação do professor olhada no/pelo GT-15 - Educação Especial da ANPEd: desvelando pistas. Revista Brasileira de Educação Especial, 17, 77-92. https://doi.org/10.1590/S1413-65382011000400007. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-65382011000400007

Libâneo, J. C. (2015). Organização e gestão da escola: teoria e prática. São Paulo: Heccus editora.

Minayo, M. C. S. (2003). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes.

Moita, M. C. (2002). Percursos de formação e trans-formação. In Nóvoa, A. (Org.). Vidas de professores (pp. 111-140). Porto, PT: Porto Editora.

Nóvoa, A. (2002). Formação de professores e trabalho pedagógico. Lisboa, PT: Editora Educa.

Nozu, W. C. S. (2023). Carta ao Esperançar: por uma educação inclusiva e específica nas escolas do campo, das águas e das florestas. In Capellini, V. L. M. F. (Org.). Cartas para o novo governo sobre educação especial na perspectiva inclusiva (pp. 49-54). São Paulo: Cultura Acadêmica.

Nozu, W. C. S. (2017). Educação especial e educação do campo: entre porteiras marginais e fronteiras culturais (Tese de Doutorado). Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados.

Nozu, W. C. S. (2024). Educação especial na educação do campo, indígena e quilombola: quais são as diretrizes políticas brasileiras? Momento - Diálogos em Educação, 33(2), 56–80. https://doi.org/10.14295/momento.v33i2.16842. DOI: https://doi.org/10.14295/momento.v33i2.16842

Nozu, W. C. S., Icasatti, A. V., & Bruno, M. M. G. (2017). Educação inclusiva enquanto um direito humano. Inclusão Social, 11(1), 21-34. Recuperado de: https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4076.

Nozu, W. C. S., Icasatti, A. V., & Souza, K. R. (2018). Direito à educação inclusiva no Mercosul. Educação & Fronteiras, 8(38), 127-137. https://doi.org/10.30612/eduf.v8i23.9462. DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v8i23.9462

Nozu, W. C. S., Rebelo, A. S., & Kassar, M. C. M. (2020). Desafios da gestão nas escolas das águas. Revista on line de Política e Gestão Educacional, 24(2), 1054–1067. https://doi.org/10.22633/rpge.v24iesp2.14331. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v24iesp2.14331

Nozu, W. C. S., Silva, M. A. S., Santos, B. C., & Ribeiro, E. A. (2020). Inclusão de alunos da Educação Especial em escola do campo: possibilidades de um trabalho colaborativo? Revista Brasileira de Educação do Campo, 5, 1-35. https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e8972. DOI: https://doi.org/10.20873/uft.rbec.e8972

Pereira, J. E. D. (2010). Formação continuada de professores. In Oliveira, D. A., Duarte, A. M. C., & Vieira, L. M. F. (Orgs.). DICIONÁRIO: trabalho, profissão e condição docente (pp. 1-3). Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação. CD-ROM.

Rebelo, A. S., Nozu, W. C. S., & Hilbig, M. C. V. (2021). Formação de professores para a inclusão nas escolas das águas do pantanal corumbaense. Revista Humanidades e Inovação, 8(40), 60-72. Recuperados de: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/5103.

Resolução CNE/CEB nº 4, de 13 de julho de 2010. (2010). Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília, DF: MEC/CNE/CEB.

Sebastián Heredero, E. (2016). Inclusão educativa: uma realidade em construção. In Giovanni, L. M., & Marin, J. A. (Orgs.). Práticas e saberes docentes: os anos iniciais em foco (pp. 74-91). São Paulo, SP: Junqueira & Marin.

Souza, K. R., Nozu, W. C. S., & Kerbauy, M. T. M. (2018). Educação como um direito humano: análise das declarações de Jomtien, Dakar e Incheon. In Brum, A. K., Espósito Neto, T., & Contini, A. A. M. (Org.). Desenvolvimento para além das fronteiras: diálogos sobre aspectos sociais, culturais e regionais (pp. 165-183). Curitiba, PR: Appris Editora.

Unesco. (2019). Manual para garantir inclusão e equidade na educação. Brasília: Unesco.

Walsh, C. (2009). Interculturalidade, crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e reviver. In Candau, V. M. F. (Org.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas (pp. 12-39). Rio de Janeiro, RJ: 7Letras.