Formação de educadores no MST no contexto do estado do Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.70860/ufnt.rbec.e18337Palavras-chave:
MST, formação de educadores, educação do campoResumo
Este artigo integra a pesquisa realizada no doutorado e tem como objetivo apresentar a trajetória do maior movimento social da América Latina, acerca dos processos formativos dos educadores que atuam nas áreas de acampamentos e assentamentos de Reforma Agrária no contexto do Estado do Espírito Santo – ES. Alicerçado em Paulo Freire e Bakhtin, focaliza narrativas oriundas de entrevista semiestruturada realizada com cinco pessoas que na década de 1980 no território capixaba ousaram arquitetar o projeto de educação que considerasse as questões pertinentes à vida dos sujeitos do campo. Ao rememorar a trajetória do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, com destaque à educação e formação dos educadores, percebe-se que terra e educação não se apartam da trajetória histórica do Movimento. Por meio das narrativas, evidencia-se que os sujeitos coletivos que formam o MST, materializaram o que hoje concebemos como Educação do Campo, teceram trajetórias de luta coletiva, que foram fundamentais na construção da política pública que tematiza o campo e seus sujeitos.
Palavras-chave: MST, formação de educadores, educação do campo.
Training of MST Educators in the context of the State of Espírito Santo
ABSTRACT. This article is part of a doctoral research project that aims to present the trajectory of the largest social movement in Latin America, regarding the training processes of educators who work in the areas of camps and settlements of Agrarian Reform in the context of the State of Espírito Santo – ES. Based on Paulo Freire and Bakhtin, it focuses on narratives from a semi-structured interview conducted with five people who, in the 1980s in the Espírito Santo territory, dared to design an education project that considered the issues relevant to the lives of rural subjects. When recalling the trajectory of the Landless Rural Workers' Movement – MST, with emphasis on education and educator training, it is clear that land and education are inseparable from the historical trajectory of the Movement. Through narratives, it is evident that the collective subjects that form the MST (Landless Workers' Movement) materialized what we now conceive of as Education in the Countryside, weaving trajectories of collective struggle that were fundamental in the construction of public policy that addresses the countryside and its subjects.
Keywords: landless rural workers' movement, educators training, rural education.
Formación de educadores en el MST, en el contexto del estado del Espírito Santo
RESUMEN. Este artículo integra la investigación realizada durante el doctorado y objetiva presentar la trayectoria del mayor movimiento social de Latinoamérica, sobre los procesos formativos de los educadores que actúan en campamentos y asentamientos de reforma agraria en el contexto del estado del Espírito Santo. Basado en Paulo Freire y Bakhtin, éste se centra en narrativas provenientes de una entrevista semiestructurada con cinco personas que en la década de 1980 en suelo capixaba se osaron construir el proyecto de educación que considerara las cuestiones pertinentes a la vida de los sujetos del campo. Se rememora la trayectoria del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra – MST, haciendo hincapié en la educación y formación de los educadores, se entiende que tierra y educación no se apartan de la trayectoria histórica del movimiento. Según las narrativas, se evidencia que los sujetos colectivos que conforman el MST se materializaron en lo que hoy concebimos como Educación del Campo, crearon trayectorias de lucha colectiva, que fueron fundamentales en la construcción de la política pública que tematiza el campo y sus sujetos.
Palabras clave: MST, formación de educadores, educación del campo.
Downloads
Referências
Bakhtin, M. M. (2011). Estética da criação verbal (6ª ed.). São Paulo: WMF/Martins Fontes.
Bakhtin, M. M. (2014). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: HUCITEC.
Bakhtin, M. M. (2018). Teoria do romance II: As formas do tempo e do cronotopo (1ª ed.). (P. Bezerra, Trad., Posfácio e Notas) (Edição russa organizada por S. Botcharov & V. Kójinov). São Paulo: Editora 34.
Caldart, R. S. (2012). Educação do Campo. In R. S. Caldart et al. (Eds.), Dicionário da educação do campo (pp. 257-264). Rio de Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio.
Caldart, R. S., Paludo, C., & Doll, J. (Orgs.). (2006). Como se formam os sujeitos do campo: idosos, adultos, jovens, crianças e educadores. Brasília: PRONERA.
Costa, M. O. (2005). Programa nacional de educação na Reforma Agrária: O caso do curso “Pedagogia da Terra” da Universidade do Estado de Mato Grosso, Cáceres/MT. (Dissertação de Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Fernandes, F. (2020). A universidade brasileira: reforma ou revolução? São Paulo: Expressão Popular.
Freire, P. (1992). Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Notas de Ana Maria Araújo Freire. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, P. (1987). Pedagogia do oprimido (17ª ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Jornal Sem Terra. (2015). Reforma Agrária Popular e a educação. Vamos debater! Edição Especial 2º Encontro de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária. Setor de Educação e Comunicação. São Paulo.
Molina, M. C., Antunes-Rocha, M. I., & Martins, M. F. A. (2019). A produção do conhecimento na licenciatura em Educação do Campo: desafios e possibilidades para o fortalecimento da educação do campo. Revista Brasileira de Educação, 24.
Morissawa, M. (2001). A História da luta pela terra e o MST. São Paulo: Expressão Popular.
MST. (2004). Boletim da Educação, São Paulo, (9).
MST. (2020). Caderno de Formação nº 53: A luta de classes no campo e a luta por Reforma Agrária Popular. Setor de Formação do MST.
MST. (2005). Dossiê, M. S. T. Escola: documentos e estudos 1990-2001. Caderno de educação, (13).
MST. (2017). Educação no MST: Memória. Documentos 1987-2015. Caderno de Educação, (14).
MST. (1999). O que queremos com as escolas de Assentamentos. Caderno de Formação, (18).
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Rossetto, E. R. A. (2009). Essa ciranda não é minha só, ela é de todos nós: a educação das crianças sem terrinha no MST. (Dissertação de Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Sánchez, D. S. (2011). Resistência e formação na produção do comum: O curso Pedagogia da Terra da UFES. (Tese de Doutorado em Educação). Centro de Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória.
Souza, M. A. de. (2016). A Educação do campo no Brasil. In E. C. de Souza & V. L. J. Chaves (Orgs.), Documentação, memória e história da educação no Brasil: diálogos sobre políticas de educação e diversidade (Vol. 1, pp. 83-105). Tubarão, SC: Copiart.
Stedile, J. P. (Org.). (2013). A Questão Agrária do Brasil: o debate na década de 2000 (1ª ed). São Paulo: Expressão Popular.
Stédile, J. P., & Fernandes, B. M. (2001). Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Perseu Abramo.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Zen, E. T. (2006). Pedagogia da Terra: a formação do professor sem-terra. (Dissertação de Mestrado em Educação). Centro de Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Marle Aparecida Fideles de Oliveira Vieira, Adelar João Pizetta, Valdete Côco

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Proposal for Copyright Notice Creative Commons
1. Policy Proposal to Open Access Journals
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
A. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License that allows sharing the work with recognition of its initial publication in this journal.
B. Authors are able to take on additional contracts separately, non-exclusive distribution of the version of the paper published in this journal (ex .: publish in institutional repository or as a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.
C. Authors are permitted and encouraged to post their work online (eg .: in institutional repositories or on their website) at any point before or during the editorial process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and the citation of published work (See the Effect of Open Access).





