Experiências de Agroecologia em escolas do campo de territórios da Reforma Agrária
DOI:
https://doi.org/10.70860/ufnt.rbec.e19735Resumo
Este artigo resulta da sistematização de ações e experiências formativas do Projeto “Educação e Agroecologia nas Escolas do Campo de Territórios da Reforma Agrária”, iniciativa do MST em parceria com organizações parceiras. O estudo, de caráter descritivo e analítico, busca compreender os processos educativos construídos coletivamente e a integração da Agroecologia às práticas pedagógicas das escolas do campo. Adota abordagem qualitativa, fundamentada na sistematização de experiências (Holliday, 2012) e na pesquisa militante (Bringel & Varela, 2016), comprometida com os sujeitos e contextos envolvidos. Fundamentado em Caldart (2023), Ribeiro et al. (2017) e Sousa (2017), compreende a Agroecologia como processo político e pedagógico coletivo. As ações acompanhadas em onze escolas entre 2021 e 2024 evidenciam o fortalecimento dos Projetos Políticos Pedagógicos, o protagonismo de educadores(as) e estudantes e a valorização dos saberes territoriais. Conclui-se que a integração entre Agroecologia e Educação do Campo potencializa práticas emancipatórias nos territórios da Reforma Agrária.
Palavras-chave: agroecologia, educação do campo, reforma agrária, práticas, MST.
Agroecology experiences in rural schools in agrarian reform territories
ABSTRACT. This article results from the systematization of actions and formative experiences within the project “Education and Agroecology in Rural Schools of Agrarian Reform Territories,” an initiative of the MST in partnership with allied organizations. The study, descriptive and analytical in nature, seeks to understand the collectively constructed educational processes and the integration of Agroecology into the pedagogical practices of rural schools. It adopts a qualitative approach, grounded in the systematization of experiences (Holliday, 2012) and militant research (Bringel & Varela, 2016), committed to the subjects and contexts involved. Based on Caldart (2023), Ribeiro et al. (2017), and Sousa (2017), it conceives Agroecology as a collective political and pedagogical process. The actions carried out in eleven schools between 2021 and 2024 demonstrate the strengthening of Political-Pedagogical Projects, the protagonism of educators and students, and the appreciation of territorial knowledge. It concludes that the integration between Agroecology and Rural Education enhances emancipatory practices within the territories of Agrarian Reform.
Keywords: agroecology, rural education, agrarian reform, practices, MST.
Experiencias de agroecología en escuelas rurales en territorios de reforma agraria
RESUMEN. Este artículo resulta de la sistematización de acciones y experiencias formativas del Proyecto “Educación y Agroecología en las Escuelas del Campo de los Territorios de la Reforma Agraria”, una iniciativa del MST en colaboración con organizaciones asociadas. El estudio, de carácter descriptivo y analítico, busca comprender los procesos educativos construidos colectivamente y la integración de la Agroecología en las prácticas pedagógicas de las escuelas del campo. Adopta un enfoque cualitativo, fundamentado en la sistematización de experiencias (Holliday, 2012) y en la investigación militante (Bringel y Varela, 2016), comprometida con los sujetos y contextos involucrados. Basado en Caldart (2023), Ribeiro et al. (2017) y Sousa (2017), comprende la Agroecología como un proceso político y pedagógico colectivo. Las acciones acompañadas en once escuelas entre 2021 y 2024 evidencian el fortalecimiento de los Proyectos Políticos Pedagógicos, el protagonismo de educadores(as) y estudiantes, y la valorización de los saberes territoriales. Se concluye que la integración entre Agroecología y Educación del Campo potencia prácticas emancipadoras en los territorios de la Reforma Agraria.
Palabras clave: agroecología, educación rural, reforma agraria, prácticas, MST.
Downloads
Referências
Araújo, I. X., & Silva, S. B. da. (2011). Educação do campo e formação sociopolítica do educador. João Pessoa: Editora UFPB.
Batista, M. do S. X. (2007). Movimentos sociais e educação popular do campo: (re)construindo território e a identidade camponesa. In M. de L. P. de Almeida & E. Jezine (Orgs.). Educação e movimentos sociais: novos olhares (pp. 169–190). Campinas, SP: Editora Alínea.
Bringel, B., & Varella, R. V. S. (2016). A pesquisa militante na América Latina hoje: Reflexões sobre as desigualdades e as possibilidades de produção de conhecimentos. Revista Digital de Direito Administrativo, 3(3), 474–489. https://doi.org/10.18601/21452946.n3.16
Caldart, R. S. (2023, março 28–31). Agroecologia, Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis e Educação [Texto de exposição]. Reunião do Coletivo Nacional de Educação do MST – ENFF.
Caldart, R. S., et al. (Orgs.). (2012). Dicionário da educação do campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio; Expressão Popular.
Expressão Popular, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), & Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). (2021). Dicionário de agroecologia e educação. São Paulo: Expressão Popular.
Holliday, O. J. (2012). A sistematização de experiências: Prática e teoria para outros mundos possíveis (D. Grafée & S. Pinevro, Trads.; E. M. F. Falkembach, Colab.). Brasília: CONTAG.
Loureiro, B. (2021). [Declaração sobre bens comuns]. In Expressão Popular, MST & EPSJV/Fiocruz, Dicionário de agroecologia e educação (s./p.). São Paulo: Expressão Popular.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). (2022). Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis [Caderno 2]. São Paulo: MST.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). (2022). Relatório: Memória geral do encontro de educação e agroecologia nas escolas do campo de territórios da Reforma Agrária. Contagem-MG.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). (2022). Relatório sistematização do Projeto Educação e Agroecologia nas escolas do campo de territórios da reforma agrária.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). (2023). Cursos básicos de agroecologia e educação: Orientação geral e textos para estudo (1. ed.; Caderno de Educação n.º 17). São Paulo: MST.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). (2024). Relatório sistematização do Projeto Educação e Agroecologia nas escolas do campo de territórios da reforma agrária.
Ribeiro, D. S., Tiepolo, E. V., Vargas, M. C., & Silva, N. R. da. (2017). Agroecologia na educação básica: Questões propositivas de conteúdo e metodologia. In R. Caldart (Org.). Caminhos para a transformação da escola 4: Trabalho, agroecologia e estudo nas escolas do campo (1ª ed., pp. 83–92). São Paulo: Expressão Popular.
Sousa, R. P. (2017). Agroecologia e educação do campo: Desafios da institucionalização no Brasil. Educação & Sociedade, 38(140), 631–648. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302017180924
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Kamila Karine dos Santos Wanderley, Dionara Soares Ribeiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Proposal for Copyright Notice Creative Commons
1. Policy Proposal to Open Access Journals
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
A. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License that allows sharing the work with recognition of its initial publication in this journal.
B. Authors are able to take on additional contracts separately, non-exclusive distribution of the version of the paper published in this journal (ex .: publish in institutional repository or as a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.
C. Authors are permitted and encouraged to post their work online (eg .: in institutional repositories or on their website) at any point before or during the editorial process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and the citation of published work (See the Effect of Open Access).





