Incongruências nas políticas públicas de educação para a formação inicial de professores da escola do campo
DOI:
https://doi.org/10.70860/ufnt.rbec.e19744Resumo
Este texto discute a formação inicial dos professores da escola do campo a partir das políticas públicas educacionais. Tem-se por perspectiva identificar as políticas educacionais voltadas para a formação inicial de educadores do campo, e assim refletir acerca dos avanços e limites da formação de professores para a Educação do Campo no Brasil. Trata-se de um estudo de caráter bibliográfico e documental que tem como principais documentos o Plano Nacional de Educação (2014-2024); a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no 9.394/1996); Constituição Federal de 1988 (CF/1988); as “Diretrizes Operacionais das Escolas do Campo” (Resolução Conselho Nacional de Educação-CNE/Câmara da Educação Básica-CEB no 1, de 3 de abril de 2002); a Resolução CNE/CP nº 2 de 2019; e a Resolução CNE/CP n.º 4 de 2024. Nos resultados, verifica-se que a que a incorporação nos documentos legais das demandas educacionais das populações do campo, que historicamente foram excluídos das políticas públicas sociais, somente se efetivou mediante a organização e luta dos movimentos sociais. O que significa dizer que a organização social dos coletivos campesinos é um ato político, um ato de resistência e existência desses grupos sociais.
Palavras-chave: formação inicial, escola do campo, Educação do Campo, legislação nacional.
Inconsistencies in public education policies for the initial training of teachers in rural schools
ABSTRACT. This text discusses the initial training of rural teachers based on public education policies. The aim is to identify the educational policies aimed at the initial training of rural educators, thus reflecting on the advances and limitations of teacher training for Rural Education in Brazil. This is a bibliographic and documentary study, whose main documents are the National Education Plan (2014-2024); the National Education Guidelines and Bases Law (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB, Law No. 9.394/1996); CF/1988; the “Operational Guidelines for Rural Schools” (Resolution National Education Council- (Conselho Nacional de Educação) CNE/Basic Education Chamber (Câmara da Educação Básica) - CEB No. 1, of April 3, 2002), CNE/CP Resolution No. 2 of 2019 and CNE/CP Resolution No. 4 of 2024. The results show that the inclusion in legal documents of the educational demands of the rural population, historically excluded from public social policies, was only possible through the organization and struggle of social movements. This means that the social organization of rural collectives is a political act, an act of resistance and existence for these social groups.
Keywords: initial training, rural school, Rural Education, national legislation.
Inconsistencias en las políticas educativas públicas para la formación inicial de docentes en escuelas rurales
RESUMEN. Este texto aborda la formación inicial de profesores de escuelas rurales a partir de las políticas públicas educativas. El objetivo es identificar las políticas educativas dirigidas a la formación inicial de los educadores rurales y reflexionar sobre los avances y límites de la formación docente para la Educación Rural en Brasil. Se trata de un estudio bibliográfico y documental en el que los principales documentos de referencia son el Plan Nacional de Educación (2014-2024), la Ley de Directrices y Bases de la Educación Nacional (LDB, Ley n.º 9.394/1996), la CF/1988, las “Directrices Operativas para las Escuelas Rurales” (Resolución del Consejo Nacional de Educación-CNE/Cámara de Educación Básica-CEB n.º 1, de 3 de abril de 2002), la Resolución CNE/CP n.º 2 de 2019 y la Resolución CNE/CP n.º 4 de 2024. Los resultados muestran que la incorporación de las demandas educativas de las poblaciones rurales, históricamente excluidas de las políticas públicas sociales, solo se produjo a través de la organización y la lucha de los movimientos sociales. Esto significa que la organización social de los colectivos rurales es un acto político, un acto de resistencia y de existencia de estos grupos sociales.
Palabras clave: formación inicial, escuela rural, Educación Rural, legislación nacional.
Downloads
Referências
Azevedo, J. M. L. de, & Aguiar, M. A. da S. (2001). Políticas de educação: concepções e programas. In Wittmann, L. C., & Gracindo, R. V. (Coord.). O estado da arte em política e gestão da educação no Brasil (1991-1997). (pp. 71-87). Brasília, DF: ANPAE; Campinas, SP: Autores Associados.
Arroyo, M. G. (2007). Políticas de Formação de Educadores(as) do Campo. Caderno Cedes, (27)72, 157-176. Recuperado de: http://www.cedes.unicamp.br.
Arroyo, M. G. (2010). Escola: terra de direito (prefácio). In Antunes-Rocha, M. I., & Hage, S. M. (Org.). Escola de Direito: reinventando a escola multisseriada. (pp.) Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Caldart, R. S. (2004). Elementos para a construção do projeto político pedagógico da educação do campo. Trabalho Necessário, (2)2.
Caldart, R. S. (2011). Por uma Educação do Campo: traços de uma identidade em construção. In Arroyo, M. G., Caldart, R. S., & Molina, M. C. Por Uma Educação do Campo (5ª ed., pp. 18-25). São Paulo, SP: Vozes.
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988. Recuperado de: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
Brasil. (1996). Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.
Brasil. (2001a). Lei no 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. Recuperado de: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm.
Brasil. (2001b). Parecer CNE/CEB 36/2001. Diretrizes Operacionais para Educação do Campo. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECADI). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 mar.
Brasil. (2002). Resolução CNE/CEB 1, de 3 de abril de 2002. Institui as Diretrizes Operacionais para Educação Básica nas Escolas do Campo. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, 32, 9 abr. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/.
Brasil. (2009). Resolução/CD/FNDE Nº 06, de 17 de março de 2009. Estabelece as orientações e diretrizes para a operacionalização da assistência financeira suplementar aos projetos educacionais que promovam o acesso e a permanência na universidade de estudantes de baixa renda e grupos socialmente discriminados. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/res06_17032009.pdf.
Brasil. (2010). Decreto no. 7.352, de 4 de novembro de 2010. Dispõe sobre a política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 nov. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/docman/marco-2012-pdf/10199-8-decreto-7352-de4-de-novembro-de-2010/file.
Brasil (2013). Portaria nº 86, de 1º de fevereiro de 2013. Institui o Programa Nacional de Educação do Campo - PRONACAMPO, e define suas diretrizes gerais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 fev. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13218-portaria-86-de-1-de-fevereiro-de-2013-pdf&Itemid=30192.
Brasil (2014). Lei no 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm.
Brasil. (2015). Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União, Seção 1, 8-12.
Brasil. (2016). Emenda Constitucional No 95 (EC 95), de 15 de dezembro de 2016. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 dez. Altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o Novo Regime Fiscal, e dá outras providências. Recuperado de: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc95.htm.
Brasil. (2019). Resolução CNE/CP no. 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 abr., Seção 1, 46-49. Recuperado de: https://www.gov.br/mec/pt-br/cne/resolucoes/resolucoes-cp-2019.
Brasil. (2023a). Decreto nº 11.691, de 5 de setembro de 2023. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Ministério da Educação e remaneja e transforma cargos em comissão e funções de confiança. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 6 set. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/decreto/D11691.htm#art6.
Brasil. (2023b). Lei nº 14.767, de 22 de dezembro de 2023. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”, para possibilitar o uso da pedagogia da alternância nas escolas do campo. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 dez. Recuperado de: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/L14767.htm.
Brasil. (2024). Resolução CNE/CP n.º 4, de 29 de maio de 2024. Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior de Profissionais do Magistério da Educação Escolar Básica (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados e cursos de segunda licenciatura). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 jun., Seção 1, 26-29).
Costa, E. M. (2012). A formação do educador do campo: um estudo a partir do PROCAMPO. (Dissertação de Mestrado). Universidade do Estado do Pará, Belém.
Dosa, A. C. (2020). O papel da revisão da literatura na escrita de artigos científicos. Interações, (21)4.
Dourado, L. F., & Oliveira, J. F. de. (2018). Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os impactos nas políticas de regulação e avaliação da educação superior. In Aguiar, M. A. da S., & Dourado, L. F. (Orgs.). A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: Avaliação e perspectivas (pp. 28-43). Recife, PE: ANPAE. [Livro Eletrônico].
Evangelista, Olinda. (n.d). Apontamentos para o trabalho com documentos em políticas educacional. Digitalizado. Recuperado de: http://moodle3.nead.uem.br/pluginfile.php/30539/mod_resource/content/1/Olinda%20Evangelista%20-%20Apontamentos.pdf.
Hage, S. M. (Org.). (2005). Educação do Campo na Amazônia: retratos de realidade das escolas multisseriadas no Pará. Belém, PA: Gráfica e Editora Gutemberg Ltda.
Hage, S. M. (2006). A realidade das escolas multisseriadas frente às conquistas na legislação educacional. In Reunião da ANPEd, 29., 2006, Caxambu, MG. Anais... Caxambu, MG: ANPED. Recuperado de: http://29reuniao.anped.org.br/?_ga=2.91290777.22778423.1512060597-984301338.1511790999.
Hypolito, Á. L. M. (2015). Trabalho docente e o novo Plano Nacional de Educação: valorização, formação e condições de trabalho. Cad. Cedes, (35)97, 517-534. Recuperado de: https://www.scielo.br/j/ccedes/a/MBxtWzyDKPxw8N3LL9f74pM.
Jakimiu, V. C. de L. (2021). Extinção da SECADI: a negação do direito à educação (para e com a diversidade). Revista de Estudos em Educação e Diversidade, (2)3, 115-137. Recuperado de: http://periodicos2.uesb.br/index.php/reed.
Lichand, G., Schweickardt, K., Campos, G. de, & Simões, A. (2023). Turmas multisseriadas no ensino básico brasileiro: o que (não) sabemos e uma agenda para o Novo Plano Nacional de Educação. Cadernos de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais: contribuições ao novo Plano Nacional de Educação. 8.
Macedo Filho, F. D.; Cabral Neto, A. (2012). Educação ambiental no Brasil: uma análise dos princípios e objetivos da atual política. In Santos, C. A. dos. Educação do Campo e políticas públicas no Brasil: O protagonismo dos Movimentos Sociais do campo na instituição de políticas públicas e licenciatura em Educação do Campo na UnB (pp. 185-213.). Brasília, DF: Liber Livro; Faculdade de Educação/Universidade de Brasília.
Menezes Neto, A. J. (2011). Formação de professores para a educação do campo: projetos sociais em disputa. In Antunes-Rocha, M. I., & Martins, A. A. (Org.). Educação do campo: desafios para a formação de professores (2a ed. pp. 25-37). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Molina, M. C. (2015). Expansão das licenciaturas em Educação do Campo: desafios e potencialidades. Educar em Revista, 55, 145-166. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/0104-4060.39849.
Molina, M. C., & Sá, L. M. (2012). Licenciatura em Educação do Campo. In Caldart, R. S., Caldart, R. S., Pereira, I. B., Alentejano, P., & Frigotto, G. (Orgs.). Dicionário da Educação do Campo (pp. 468-474.) Rio de Janeiro, São Paulo, SP: Escola Politécnica de São Joaquim Venâncio; Expressão Popular.
Oliveira, I. A. de, França, M. do P. S. A. de, & Santos, T. R. L. dos. (2011). Educação em classes multisseriadas: Singularidades, diversidade e heterogeneidade. Belém, PA: EDUEPA.
Paula, H. V. de C. (2023). A Licenciatura em Educação do Campo no Brasil: Levantamento do observatório da institucionalização da Licenciatura em Educação do Campo. Revista Educação e Políticas em Debate, (12)1, 240-256. Recuperado de: https://www.researchgate.net/publication/.
Santos, C. A. dos (2012). Educação do Campo e políticas públicas no Brasil: O protagonismo dos Movimentos Sociais do campo na instituição de políticas públicas e licenciatura em Educação do Campo na UnB. Brasília, DF: Liber Livro; Faculdade de Educação/Universidade de Brasília.
Santos, M. (2018). Educação do campo no Plano Nacional de Educação: tensões entre a garantia e a negação do direito à educação. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 26(98), 185-212. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S0104-40362018002600965.
Santos, R. B. (2017). História da Educação do Campo no Brasil: o protagonismo dos movimentos sociais. Teias, 18(51). Recuperado de: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/view/24758.
Santos, C. A. dos, Kolling, E. J., Rocha, E. N., Molina, M. S., & Caldart, R. S. (2020). Dossiê educação do campo: Documentos 1998-2018. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília.
Scariot, J. R. S. S., Alves, A. C. T., Lopes, T. B., & Leão, M. F. (2020). Panorama de Cursos de Licenciatura em Educação do Campo no Brasil. Rev. Bras. Educ. Camp., 5, e5820. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.20873/uft.rbec.e5820.
Souza, M. A. de. (2006). Educação do campo: Proposta e práticas pedagógicas do MST. São Paulo, SP: Vozes.
Tavares, M. T. dos S., & Borges, H da S. (2012). O proverá como política para a Educação do Campo. In Ghedin, E. Educação do campo: Epistemologia e práticas (pp. 293-358). São Paulo, SP: Cortez.
Vieira, S. L. (2014). Planos e políticas educacionais: das concepções às práticas no Brasil. In Souza, D. B., & Martins, A. M. Planos de educação no Brasil: Planejamentos, políticas, práticas (pp. 55-71). São Paulo, SP: Loyola.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Cleide Carvalho de Matos, Eliane Miranda Costa, Vivianne Nunes da Silva Caetano

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Proposal for Copyright Notice Creative Commons
1. Policy Proposal to Open Access Journals
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
A. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License that allows sharing the work with recognition of its initial publication in this journal.
B. Authors are able to take on additional contracts separately, non-exclusive distribution of the version of the paper published in this journal (ex .: publish in institutional repository or as a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.
C. Authors are permitted and encouraged to post their work online (eg .: in institutional repositories or on their website) at any point before or during the editorial process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and the citation of published work (See the Effect of Open Access).





