Ensino, pesquisa e extensão: produção de modelos 3DR na licenciatura para escolas do campo
DOI:
https://doi.org/10.70860/ufnt.rbec.e19929Resumo
A partir das subjetividades da docência, da formação de professores e da forma como atuam na constituição da identidade e no repensar daquilo que se entende como escola do campo e ensino de Ciências e Biologia, surge esta escrita. Insere-se na perspectiva das pesquisas qualitativas e tem por objetivo aplicar conhecimentos na produção de modelos 3DR voltados à morfologia vegetal, com o intuito de promover uma abordagem inovadora no ensino de Botânica para estudantes do campo ou provenientes de espaços rurais. Baseado em alguns questionamentos sobre como tornar o ensino de Botânica mais concreto e acessível à escola, atendendo à diversidade social, cognitiva e cultural dos alunos, o trabalho apresenta os debates desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa em Educação, Masculinidade, Cultura e Subjetividade. Nesse sentido, a construção de modelos 3DR de morfologia vegetal para a valorização da Botânica nas escolas do campo e a superação da “impercepção botânica” é o foco desta proposta. A partir de narrativas de memórias dos envolvidos, conclui-se que a proposta cumpre o desafio a que se propôs, contribuindo para a construção da identidade de futuros professores de Biologia.
Palavras-chaves: modelos 3DR, ensino, botânica, formação docente, escola do campo.
Teaching, research and extension: production of 3DR models in undergraduate degree for rural schools
ABSTRACT. This paper arises from the subjectivities of teaching, teacher education, and their role in shaping identity and rethinking what is understood as rural schools and the teaching of Science and Biology. It is situated within the framework of qualitative research and aims to apply knowledge in the development of 3DR models focused on plant morphology, with the goal of promoting an innovative approach to Botany education for students from rural areas. Based on questions about how to make Botany teaching more tangible and accessible in schools—addressing students' social, cognitive, and cultural diversity—the study presents discussions developed by the Research Group on Education, Masculinity, Culture, and Subjectivity. In this context, the construction of 3DR plant morphology models to enhance Botany in rural schools and overcome "botanical imperception" is the central focus. From the memory narratives of those involved, it is concluded that the proposal meets its intended challenge, contributing to the identity formation of future Biology teachers.
Keywords: 3DR models, teaching, botany, teacher training, rural school.
Docencia, investigación y extensión: producción de modelos 3DR en la licenciatura para escuelas rurales
RESUMEN. Este trabajo surge de las subjetividades de la docencia, la formación docente y su papel en la construcción de la identidad y en el replanteamiento de lo que se entiende por escuelas rurales y enseñanza de Ciencias y Biología. Se enmarca en investigaciones cualitativas y tiene como objetivo aplicar conocimientos en el desarrollo de modelos 3DR centrados en la morfología vegetal, con el propósito de promover un enfoque innovador en la enseñanza de la Botánica para estudiantes del campo o de zonas rurales. A partir de cuestionamientos sobre cómo hacer que la enseñanza de la Botánica sea más concreta y accesible en las escuelas—atendiendo a la diversidad social, cognitiva y cultural de los alumnos—el estudio presenta los debates desarrollados por el Grupo de Investigación en Educación, Masculinidad, Cultura y Subjetividad. En este contexto, la construcción de modelos 3DR de morfología vegetal para valorizar la Botánica en las escuelas rurales y superar la “impercepción botánica” constituye el eje central. A partir de las narrativas de memoria de los participantes, se concluye que la propuesta cumple con el desafío planteado, contribuyendo a la formación identitaria de futuros docentes de Biología.
Palabras clave: Modelos 3DR, enseñanza, botánica, formación de docentes, escuela rural.
Downloads
Referências
Arroyo, M. G. (2004). Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. Vozes.
Caldart, R. S. (2011) Licenciatura Em Educação Do Campo E Projeto Formativo: Qual O Lugar Da Docência Por Área. Licenciaturas Em Educação Do Campo, Belo Horizonte: Autêntica Editora.
Caldart, R.; Molina, M. (2004). Por uma educação do campo. Vozes.
Caldart, R. (2000). Pedagogia do Movimento Sem-Terra. Vozes.
Bourdieu, P. (1998). Escritos de educação. Vozes.
Ceccantini, G. (2006). Os tecidos vegetais têm três dimensões. Revista Brasileira de Botânica, 29(2), 335-337.
Eisner, E. (2008). O que pode a educação aprender das artes sobre a prática da educação? Currículo sem Fronteiras, 8(2), 5-17.
Faria, M. N. (2001). A música, fator importante na aprendizagem (Monografia de Especialização). Centro Técnico-Educacional Superior do Oeste Paranaense – CTESOP/CAEDRHS.
Fernandes, C. A. (2012). Discurso e sujeito em Michel Foucault. Intermeios.
Fischer, R. M. B. (2001). Foucault e a análise do discurso em educação. Cadernos de Pesquisa, 114, 197-223.
Fischer, R. M. B. (2021). Por uma escuta da arte: ensaio sobre poéticas possíveis na pesquisa. Revista Brasileira de Estudos da Presença, 11, e100045.
Forrester, J. W. (2009). Learning through system dynamics as preparation for the 21st century. Productivity Press. Recuperado de: https://is.gd/7phy9N. Acesso em 13 abr. 2025.
Foucault, M. (1986). A arqueologia do saber. Forense.
Foucault, M. (2011). A hermenêutica do sujeito. Martins Fontes.
Foucault, M. (2011). A ordem do discurso. Loyola.
Foucault, M. (2022). Dizer a verdade sobre si. UBU Editora.
Foucault, M. (2014). Do governo dos vivos: curso no Collège de France (1979–1980). (E. Brandão, Trad.). Martins Fontes.
Foucault, M. (2007). História da sexualidade I: A vontade de saber. Graal.
Foucault, M. (2010). Uma estética da existência. In M. Foucault, Ética, sexualidade e política: ditos e escritos V. Forense Universitária.
Gil, A. C. et al. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas.
Harari, Y. N. (2015). Sapiens: uma breve história da humanidade. Companhia das Letras.
Hernández, F. (2008). La investigación basada en las artes: propuestas para repensar la investigación en educación. Educatio Siglo XXI, 26, 85-118.
Krasilchik, M. (1987). O professor e o currículo das ciências. EPU/Edusp.
Krasilchik, M. (2008). Prática de ensino de biologia (6ª ed.). Edusp.
Marandino, M. (2001). O conhecimento biológico nas exposições dos museus de ciências: análise do processo de construção do discurso expositivo (Tese de Doutorado). USP.
Marandino, M. (1994). O ensino de ciências na perspectiva da didática crítica (Dissertação de Mestrado). PUC-Rio.
Neves, A., Bündchen, M., & Lisboa, C. P. (2019). Cegueira botânica: é possível superá-la a partir da educação? Ciência & Educação (Bauru), 3, 745-762.
Santos, W. B. (2019). Modelos 3DR nas ciências da natureza: um repensar do capital cultural na escola do campo. Kelps.
Ursi, S., & Salatino, A. (2022). É tempo de superar termos capacitistas no ensino de biologia: impercepção botânica como alternativa para "cegueira botânica". Boletim de Botânica, 39,1-4.
Wandersee, J. H. & Schussler, E. E. (1999). Preventing plant blindness. The American Biology Teacher, 61(2), 82-86.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Lucas Rocha, Ana Clara Araújo Teixeira, Welson Barbosa Santos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Proposta de Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Proposal for Copyright Notice Creative Commons
1. Policy Proposal to Open Access Journals
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
A. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License that allows sharing the work with recognition of its initial publication in this journal.
B. Authors are able to take on additional contracts separately, non-exclusive distribution of the version of the paper published in this journal (ex .: publish in institutional repository or as a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.
C. Authors are permitted and encouraged to post their work online (eg .: in institutional repositories or on their website) at any point before or during the editorial process, as it can lead to productive exchanges, as well as increase the impact and the citation of published work (See the Effect of Open Access).





